BYD estuda ter três fábricas na Europa

Parece loucura o título, mas é verdade. A BYD está estudando a possibilidade de ter três fábricas localizadas na Europa. A montadora chinesa anotou cerca de 4,2 milhões de unidades vendidas em todo o mundo no ano passado, quer ampliar sua atuação no Velho Continente e fugir dos impostos aplicados em cima dos seus veículos importados.

Quem revelou essa novidade foi Stella Li, vice-presidente executiva da marca, em uma entrevista recentemente. Ela disse que sua equipe avaliará em até 24 meses se realmente uma terceira planta europeia deverá começar a operar. No entanto, segundo a Reuters, a executiva não deu um local exato de onde essa terceira instalação poderia funcionar.

Vale lembrar que a BYD já cuida de outras fábricas suas na Europa. A primeira será na Hungria e provavelmente a maior delas. Os executivos da marca dona do Dolphin revelaram que a capacidade dela deverá girar nos arredores de 350 mil carros elétricos e híbridos plug-in montados anualmente. Sua operação está prevista para começar ainda este ano.

É para fugir

Por sua vez, a Turquia é onde deverá ser instalada a segunda planta da fabricante. Só que, essa será menor, com capacidade de produção anual de até 150 mil veículos. A marca já destinou aproximadamente US$ 1 bilhão para a instalação e sua produção deverá começar apenas no final de 2026.

Contudo, essas três fábricas da BYD na Europa possuem outra razão forte. O que acontece é que a União Europeia já taxa os carros que chegam importados na região com uma tarifa de 10%. Todavia, os governantes locais, criaram um novo imposto e a marca chinesa ainda recebe mais uma tarifa de 17,4% em seus modelos.

Desse modo, os modelos importados dela chegam em solo europeu acessíveis. Mas, após a aplicação dos impostos, não ficam tão atrativos perante os demais concorrentes. Ainda nesse sentido, a montadora dona do SUV Song Pro também prepara uma fábrica sua no Brasil. Ela estará localizada em Camaçari, na Bahia. A produção de veículos por aqui está prevista para iniciar este ano.

Além disso, a capacidade de produção é de 150 mil automóveis inicialmente, mas que deve aumentar com o tempo. A planta pertencia a Ford e até sofreu com polêmicas acerca de trabalho análogo a escravidão. Por sorte, a situação foi resolvida e os trabalhos seguem a todo vapor.

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