
Em intenso processo de reestruturação e mudanças para evitar a falência, a Nissan tem mostrado movimentos rápidos para voltar a ter protagonismo. Além de revelar uma grande quantidade de novos carros para o mercado global, a marca agora anunciou o fim da produção da atual geração da Nissan Frontier na Argentina, de onde é importada para o Brasil.
Em comunicado oficial, a Nissan informa que “a partir de janeiro de 2026, a Nissan América Latina consolidará a produção das picapes Nissan Frontier/Nissan Navara, atualmente dividida entre o México e a Argentina, em um único HUB de produção na região, centralizado na fábrica de CIVAC, em Morelos, no México.”
Futuro incerto? Não!
Ou seja, a atual geração da Nissan Frontier deixará de ser fabricada na Argentina na virada do ano. Como o modelo atual já está em vias de ser substituído, inclusive foi estrela dos teasers da Nissan, é bem provável que a mudança de nacionalidade venha acompanhada da estreia da nova geração.

A concentração da produção da Nissan Frontier no México se dá por dois fatores. Na América Latina, como um todo, a atual geração da caminhonete média vende pouco. No Brasil, segundo a Fenabrave, foram emplacadas 1.949 unidades da caminhonete entre janeiro e fevereiro.
Com esses números, ela só vende mais que a Fiat Titano e que a Volkswagen Amarok, além da Mitsubishi Triton que ainda está em início de vendas. Na Argentina, onde é produzida, a Frontier é o 29º carro mais vendido do país com emplacamentos inferiores a 1.000 unidades por mês.

Mas o que será da fábrica argentina?
Apesar da baixa da Nissan Frontier na Argentina, a planta onde a caminhonete é feita é usada também pela Renault. Por lá, é produzida a Alaskan (que deve sair de linha), além de Logan, Sandero e Stepway. A fábrica passará por um intenso processo de renovação para receber a plataforma RGMP / CMF-B.
Com isso, serão produzidas duas caminhonetes novas: a Renault Niagara e uma equivalente Nissan. Ambas já foram confirmadas como rivais diretas da Fiat Toro e serão protagonistas de suas respectivas montadoras. Elas terão a mesma plataforma, motor e componentes compartilhados, mas cada uma terá um visual distinto.

Você acredita que a mudança de nacionalidade afetará a Nissan Frontier? Conte nos comentários.