Dias atrás as fabricantes japonesas negaram quaisquer planos de fusão. No entanto, nesta segunda-feira (23), Honda e Nissan confirmaram que estão em negociação. O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa em Tóquio, no Japão. Se os planos de fusão forem concretizados, as marcas nipônicas formarão o terceiro maior grupo automotivo do mundo do segmento de vendas de veículos, depois apenas da Toyota e da Volkswagen.
Com a fusão, Honda e Nissan poderão compartilhar suas expertises e tecnologias e aumentar a escala de produção. Além de oferecer produtos mais competitivos para brigar com as fabricantes chinesas que têm ameaçado não apenas as marcas japonesas, mas a maioria das fabricantes estrangeiras do setor automotivo.
A Honda é a segunda maior fabricante do Japão, e a Nissan a terceira. Embora, juntas elas ainda tenham muita força ainda não conseguem superar a líder absoluta Toyota que vendeu 11 milhões de veículos no mundo todo em 2023. Enquanto Mitsubishi, Nissan e Honda venderam juntas 8,5 milhões. Por falar em Mitsubishi, ela também tem chances de entrar na jogada, como já era cogitado e que foi confirmado durante a coletiva.
Como os números mostram, as três japonesas juntas têm vendas muitos expressivas. Mas ainda não representam uma ameaça para a gigante Toyota. Porém, para as chinesas BYD que vendeu um pouco mais de 3 milhões de veículos ano passado e a GAC que vendeu cerca de 2,5 milhões é uma ameaça e tanto.
Próximos passos para a fusão entre Honda e Nissan
Conforme revelado durante a coletiva, Honda e Nissan pretendem encerrar a negociação até o final do primeiro semestre de 2025. O próximo passo é criar uma holding até agosto de 2026, na qual a Honda terá prioridade para nomear a maior parte do conselho.
Hoje a capitalização de mercado da Honda é de US$ 40 bilhões, enquanto a Nissan é avaliada em aproximadamente US$ 10 bilhões. As marcas japonesas prospectam conseguir com a fusão R$ 116 bilhões em vendas combinadas e mais de R$ 11 bilhões de lucro operacional.
Depois que o anúncio da fusão foi feito em Tóquio, as ações da Nissan subiram 1,6%, as da Honda 3,8% e as da Mitsubishi 5,3%. A união das japonesas trata-se da maior reformulação na indústria automotiva global desde que que a Fiat Chrysler Automobiles e a PSA se fundiram em 2021 criando o grupo Stellantis com um acordo de US$ 52 bilhões.
O que você achou da fusão entre Honda e Nissan? Acha que a Mitsubishi também vai se juntar a elas? Conte para nós nos comentários.