A Europa está prestes a impor tarifas sobre elétricos chineses

Isso poderá ocorrer para fortalecer a competitividade das marcas locais, com uma possível retaliação entre a Europa e as marcas chinesas

BYD Qin L DM-i [divulgação]
BYD Qin L DM-i [divulgação]

A Europa está à beira de impor tarifas substanciais sobre as importações de automóveis chineses, visando fortalecer a competitividade das marcas locais. No entanto, alguns especialistas argumentam que essa estratégia pode não surtir efeito.

Isso devido à capacidade das montadoras chinesas de absorverem as penalidades financeiras e ainda oferecerem veículos elétricos a preços acessíveis aos consumidores europeus, graças à sua eficiência e margens de lucro robustas.

Os legisladores europeus expressam preocupação com os subsídios estatais que conferem uma vantagem econômica injusta às marcas chinesas. Desde o início de 2024, investigações e visitas às fábricas na China estão em curso, e espera-se uma decisão sobre as tarifas a serem introduzidas na próxima semana.

Chery Tiggo 8 Plus e+ [divulgação]
Chery Tiggo 8 Plus e+ [divulgação]

Embora os analistas projetem uma tarifa de 30% por parte da Europa, especialistas entrevistados pela Auto News questionam a eficácia dessa medida para reduzir a entrada de veículos elétricos chineses no continente.

Segundo o relatório, as margens de lucro das marcas chinesas poderiam absorver facilmente essa tarifa, resultando em pouca ou nenhuma mudança nos preços para os consumidores. Entretanto, as montadoras podem registrar uma queda nos lucros.

chinesas Omoda C5 [divulgação]
Omoda C5 [divulgação]

De fato, essa perspectiva não é unânime na indústria. Um estudo recente do Instituto Kiel para a Economia Mundial sugere que aproximadamente US$ 3,8 bilhões em veículos elétricos chineses deixariam de ser importados para a Europa no caso da União Europeia implementar uma tarifa de 20% sobre as importações.

Esses US$ 3,8 bilhões poderiam equivaler a cerca de 125 mil veículos elétricos chineses a menos chegando ao mercado europeu, uma redução que alguns especialistas acreditam que poderia impulsionar as vendas de veículos elétricos produzidos internamente em até US$ 3,3 bilhões.

No entanto, é provável que a China responda com retaliações se a União Europeia implementar tarifas, possivelmente através de novos impostos sobre os carros europeus. No frigir dos ovos, esse cenário de retaliação poderia trazer implicações significativas para o mercado automotivo entre as duas regiões.

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