Executivos da Mercedes-Benz descartaram a possibilidade de uma geração da picape Mercedes-Benz Classe X feita em parceria com a Mitsubishi. Isso se deu por conta do trauma da empresa de entrar no mercado de picapes de cabine dupla causado pelo fiasco da Classe X. A caminhonete, derivada da Nissan Frontier, teve seu fim decretado três anos depois do lançamento.
O último exemplar da Classe X saiu da linha de produção na Espanha em maio de 2020, já que as vendas baixas da caminhonete não justificavam a produção. Desenvolvida juntamente com a Aliança Renault-Nissan, o modelo era derivado da Renault Alaskan e Nissan Frontier, sendo a terceira integrante do projeto.
A ideia da Mercedes-Benz era oferecer um veículo premium em um segmento ainda não explorado pelas rivais Audi e BMW. Porém, o tiro saiu pela culatra, já que a caminhonete compartilhava diversos itens com suas irmãs mais baratas, o que causou uma enorme rejeição do mercado. Especialmente porque os consumidores não viam sentido em pagar mais por uma Frontier com estrela de três pontas.
Por conta disso, os executivos da montadora alemã dizem que não há demanda por uma picape com a marca Mercedes-Benz. Dessa forma, é injustificável investir em outra Classe X, principalmente se ela voltasse a compartilhar plataforma com a nova geração da Frontier, que deve ser lançada em 2024. Dessa vez, vale lembrar, a Frontier será uma derivada da nova Mitsubishi L200 Triton.
Apenas cerca de 15.300 exemplos da Mercedes-Benz X-Class foram vendidos globalmente em 2019. A Austrália foi um dos maiores mercados para a picape, juntamente com Alemanha, África do Sul e Reino Unido – embora o resultado global signifique que as vendas em cada um desses países foram modestas.
Embora a Classe-X tenha sido desenvolvida com base na Nissan Frontier, ela recebeu chassi reforçado. Além disso, teve elementos diferentes de design, novo interior e a opção exclusiva de motor V6 turbodiesel. Isso não adiantou de nada, pois o miolo e diversas peças internas eram iguais às da japonesa.
Embora as mudanças para criar a picape da Mercedes-Benz fossem significativas, alguns compradores acharam que ela era muito semelhante ao modelo da Nissan. Sem contar que o exclusivo motor V6 da Mercedes só chegou oito meses depois do lançamento das versões com motores de quatro cilindros projetados pela fabricante japonesa, o que contribuiu com o fracasso.
Acha que a Mercedes-Benz deveria investir em uma nova caminhonete? Ou é melhor seguir a vida e focar em outros segmentos? Deixe sua opinião nos comentários.
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