A situação da Volkswagen na Alemanha não é nada agradável. Os altos executivos farão cortes profundos mirando na economia de custos e entre os planos estão a demissão de diversos funcionários e até encerramento de trabalho em plantas que a marca possui. Os principais pesadelos que ela está enfrentando são as quedas nas vendas, a concorrência chinesa e os altos custos.

O portal internacional Reuters teve acesso a pequenos trechos sobre o que a marca alemã está planejando para seu futuro a curto prazo. Em um dos relatos, é dito que a gerência está levando o tema bastante a sério. Daniela Cavallo, uma das altas executivas do Grupo Volkswagen, afirmou que este é o começo de uma possível “liquidação” na Alemanha.

A empresa cogita fechar três fábricas suas, cortar até 10% de salários e congelar os possíveis aumentos salariais entre os anos de 2025 e 2026. Segundo Gunnar Kilian, um dos membros do conselho da Volkswagen, essa crise que a montadora enfrenta na Alemanha é séria e que se medidas mais rígidas não forem tomadas a tempo, a marca não terá como fazer futuros investimentos significativos em suas linhas.

Fábrica da Volkswagen em Chattanooga, EUA [divulgação]

E agora?

Uma das plantas que pode ter seus trabalhos encerrados logo mais é a que fica localizada em Bruxelas e é o berço para modelos como o SUV Audi Q8 e-Tron. A marca das argolas quer encerrar a produção do veículo em breve, pois sua demanda por ele já está em queda. No entanto, maiores detalhes ainda não foram revelados. O destino dessa planta também não foi decidido até agora.

A empresa até tentou vendê-la, mas nenhuma das 26 compradoras interessadas conseguiu fechar o negócio. Já de acordo com Oliver Blume, CEO da Volkswagen, a marca está preparando o terreno para esses cortes desde setembro deste ano. Ele disse que a indústria automotiva da Europa enfrenta um momento delicado, principalmente pela entrada de novas montadoras, como as chinesas, no território.

Oliver ainda disse que a Alemanha como um todo está um pouco atrasada em quesito como competitividade de produção. Vale dizer que há pouco tempo, a montadora dona do SUV T-Cross afirmou que estava enfrentando uma queda nas vendas e até um decréscimo de 11% do seu lucro operacional nos seis primeiros meses de 2024. Ainda não se sabe se tais medidas afetarão a matriz brasileira.

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