A Mercedes-Benz era uma das empresas que tinha determinado o ano de 2030 como meta para eletrificar toda sua gama. No entanto, com a queda no interesse pelos elétricos, a empresa reajustou a rota e tem revisto a estratégia. E, ao que tudo indica, o sedã Classe S vai seguir tendo somente motores a combustão, ao menos nesta década.
Vale lembrar que, em tese, já existe uma versão elétrica equivalente ao Classe S. O Mercedes-Benz EQS é o modelo que foi pensado para ser a versão totalmente elétrica do sedã de luxo, e existe o plano dos dois modelos se transformarem em um só modelo na próxima geração. Entretanto, o Classe S a combustão ainda será vendido até o final dessa década.
Segundo o CEO da marca alemã, Ola Källenius, em entrevista ao Autocar, a empresa vai seguir sua estratégia atual de desenvolver, em conjunto, modelos elétricos e a combustão. Segundo o executivo, se uma empresa não acredita que o mercado terá demanda somente para elétricos, é preciso ter uma opção de escolha também a combustão. Dessa forma, a única solução encontrada pela empresa foi manter essas duas opções.
Mercedes-Benz e os elétricos
Källenius citou o Classe S como exemplo, quando disse que é impossível garantir certos níveis de conforto ao converter um carro a combustão em elétrico, e vice-versa. De acordo com o chefão da Mercedes-Benz, colocar um motor a combustão no EQS, ou um propulsor elétrico no Classe S, vai alterar profundamente o nível de conforto desses carros.
Entretanto, a empresa segue determinada a se tornar uma fabricante apenas de veículos elétricos. Recentemente, quando o Classe G foi apresentado, ele foi batizado de G580, e não de EQG. Isso será mantido nos próximos modelos da empresa, com a Mercedes-EQ sendo eliminada gradativamente, enquanto os elétricos serão batizados com nomenclaturas semelhantes a dos carros a combustão.
Atualmente, o Mercedes-Benz Classe S tem versões a combustão, híbridas leve e híbridas plug-in. A geração atual do sedã estreou em 2021, então a tendência é que ele dure mais alguns anos ainda nesta base. O EQS também surgiu em 2021, e mesmo não sendo um enorme sucesso, o modelo segue em linha.
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