Guerra das taxas

China pressiona e pede para Europa desistir de taxas dos elétricos

A taxa da Europa para a importação de carros elétricos da China tem dado o que falar, e agora o país asiático tenta um acordo

BYD Yuan Plus 2024 [divulgação]
BYD Yuan Plus 2024 [divulgação]

A China tem tentado negociar com a União Europeia (UE) a questão da taxa de importação dos carros elétricos. Prevista para entrar em vigor no dia 4 de julho, a taxa de 38,1% para carros elétricos feitos na China tem causado polêmica, já que cada lado defende o seu ponto de vista. 

Entretanto, segundo a agência Reuters, tanto a China quanto a UE estão dispostas a negociar a questão. Segundo informações, a comissão europeia declarou que vai realizar algumas conversas técnicas com autoridades chinesas.

Ainda nesta semana, os europeus vão ouvir representantes da China, em uma reunião que será feita em Bruxelas, na Bélgica. Entretanto, isso não significa que a nova taxa será cancelada. Apenas indica que haverá uma conversa para que todas as partes tentem chegar a um acordo.

GWM Wey Macchiato [divulgação]
GWM Wey Macchiato [divulgação]

Taxas dos carros elétricos da China

Assim como tem acontecido no Brasil, na Europa, os carros elétricos de marcas chinesas tem feito sucesso. O preço mais baixo que os concorrentes de marcas europeias é um dos fatores, o que gerou uma certa indignação por parte das fabricantes da Europa. Com isso, a UE decidiu então criar uma taxa de importação maior para os carros da China.

No entanto, as autoridades chinesas estão dispostas a negociar. Afinal, já há um problema de taxas com os Estados Unidos, e a China não quer se ver envolvida em outra disputa tarifária. 

GWM Ora 03 [divulgação]
GWM Ora 03 [divulgação]

Por outro lado, os países da Europa exigem que o governo chinês seja mais transparente na questão dos subsídios aos carros, para tentar resolver a questão dos preços mais baixos dos chineses. Caso a UE insista e mantenha a taxa, a China deve responder com retaliações em outras áreas, como na carne que a Europa vende para os chineses. Ou seja, essa disputa está longe de ter um fim, pois envolve várias questões políticas.

Acha que a União Europeia vai aceitar negociar com a China? Deixe nos comentários a sua opinião.