Opinião polêmica

Mercedes-Benz critica ação do governo

A Europa quer aumentar a cobrança de imposto dos carros elétricos chineses, mas o chefe da Mercedes-Benz é contra e revelou sua opinião

Mercedes-Benz Classe E [divulgação]
Mercedes-Benz Classe E [divulgação]

A Europa está aplicando uma tarifa de 10% aos carros que chegam ao seu território importados da China. Mas, o chefe da Mercedes-Benz não apoia essa tática e soltou o verbo em uma entrevista. Na visão dele, sem a tarifa, o setor automotivo fica mais competitivo e modelos europeus melhores e mais tecnológicos podem vir para rivalizar com os chineses.

Ola Källenius é o chefe da marca alemã e revelou sua opinião em uma entrevista recente com a equipe do Financial Times. Ele revelou que é contra o aumento das tarifas sobre os carros elétricos chineses que vão chegar ao mercado europeu e que o governo deveria é reduzir essa taxa. Ele pontuou que a chegada de modelos chineses é uma progressão natural da concorrência e que para isso, as montadoras europeias devem focar no desenvolvimento de carros melhores e mais tecnológicos.

Os carros elétricos chineses recebem uma tarifa de 10% assim que chegam ao território europeu. Já quando os veículos europeus chegam em terras chinesas, eles recebem uma taxa de 15%. Na visão de Ola, essa competição precisa acontecer para haver mais empenho de ambos os lados. Ele também pontuou que a Mercedes-Benz não pediu protecionismo do governo e nem acha que as marcas chinesas fizeram isso. O empresário contou que essas fabricantes chinesas querem competir no acirrado mundo automotivo como qualquer outra montadora.

Pode ser estratégia

Um dos motivos que podem ter despertado para Ola ter esse posicionamento é que a China pode não gostar dos novos valores das tarifas europeias. Isso poderia gerar uma retaliação chinesa e a Mercedes-Benz poderia sair prejudicada. O que acontece é que a marca alemã possui bons números de vendas no território chinês e caso esse problema aconteça, o lucro da montadora pode diminuir consideravelmente.

Outro ponto é que as fabricantes chinesas Geely e Saic possuem algumas ações da fabricante alemã dona do Classe E. Para finalizar sua entrevista, Ola afirmou que não acredita que o protecionismo seja o caminho ideal para se seguir. Agora, cabe ao público esperar para ver como serão os próximos capítulos dessa história.

Mercedes-AMG E 53 [divulgação]
Mercedes-AMG E 53 [divulgação]

Acha que esse imposto europeu sobre os carros chineses é justo? Qual sua opinião sobre esse tema? Conte nos comentários


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