Enquanto os Estados Unidos e a União Europeia seguem firme na criação de empecilhos para receber carros eletrificados chineses, a Austrália tomou outra atitude. Por lá, o governo não desenvolveu um imposto sobre esses veículos que chegam importados, estão preocupados com a infraestrutura de carregadores e ainda quer que haja uma competição entre as montadoras.
Segundo o portal internacional Carscoops, o mercado australiano não se preocupou em taxar os modelos eletrificados chineses. A MG lançou recentemente o elétrico ZS e quer revelar ao público local, ainda em 2024, os modelos híbrido plug-in MG3 e o elétrico Cyberster.
Por sua vez, a BYD já está instalada e oferece aos australianos o SUV elétrico Yuan Plus, o sedã 100% elétrico Seal e o hatch compacto Dolphin. A marca de carros eletrificados ainda conseguiu vender mais unidades do que a Tesla em janeiro deste ano. Até então, cabia a montadora cuidada por Elon Musk de mais comercializar automóveis eletrificados na Austrália.
Governo quer competição
A XPeng, Geely, Leapmotor e mais montadoras já estudam entrar de cabeça no mercado australiano. Um porta-voz da Câmara Federal de Indústrias Automobilísticas da Austrália deu uma entrevista ao portal News.com e revelou que o governo local apoia a competição que está nascendo entre as montadoras de carros eletrificados que vendem seus modelos por lá.
Na visão do porta-voz, toda essa rivalidade garantiu que os australianos tivessem acesso a uma ampla gama de carros que atendem as suas necessidades e que ocupem as mais diversas faixas de preço do mercado. Aliás, as vendas desses modelos eletrificados por lá foi surpreendente no ano passado. Conforme dados locais, a Austrália comercializou 98 mil modelos em 2023.
A Agência Australiana de Energia Renovável alertou que destinaria cerca de 500 milhões de dólares para cuidar da infraestrutura de carregamento desses carros eletrificados. Por sua vez, o diretor de pesquisa do Instituto de Futuro Sustentável da Universidade de Tecnologia de Sydney afirmou que tudo pode mudar.
Para Scott Dwyer, o mercado local de veículos eletrificados pode desacelerar como o que aconteceu no mundo e o principal desafio é cuidar da infraestrutura de carregamento na Austrália, pois ela precisa correr mais do que as vendas desses veículos para acompanhar o ritmo.
O que você acha do apoio da Austrália aos modelos chineses eletrificados? É a favor ou contra a taxa de importação sobre eles? Conte nos comentários