Os carros eletrificados chegaram chamando atenção do público. No começo do ano, foi revelado que a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, iria aplicar gradualmente alíquotas sobre o valor final deles. Cada nível de eletrificação receberia um determinado aumento e em julho de 2026, todos eles atingiriam a marca de 35% de imposto a mais. Contudo, os planos mudaram.
Em uma reunião realizada recentemente, o presidente da instituição, Márcio de Lima Leite, revelou que a empresa está conversando com o governo federal para antecipar o imposto de 35% para os carros eletrificados que chegarem ao Brasil. Márcio afirmou que avaliava todo o processo de importação e contou agora, que o momento vivido exige cautela.
Segundo números apontados no evento realizado em parceria com o AutoData e explicados pelo portal Auto Indústria, de janeiro até maio deste ano, 159,3 mil carros foram importados. Este foi um aumento de 37,8% em relação ao mesmo período de 2023. Somente da China, foram 42,8 mil modelos desembarcando em solo nacional.
Imposto subiria aos poucos até julho de 2026
Os modelos 100% elétricos passaram a lidar com 10% de imposto em janeiro de 2024. O valor vai subir para 18% em julho deste ano, 25% em julho de 2025 e 35% em julho de 2026. Os híbridos convencionais receberam 12% em janeiro deste ano, vão receber 25% em julho de 2024, 30% em julho do ano que vem e 35% em julho de 2026.
Por sua vez, os híbridos plug-in começaram em janeiro deste ano com mais 12%. Agora em julho, vão subir 20%. Já no ano que vem, a taxa que a Anfavea quer aplicar para eles é de 28% e em julho de 2026, o valor será de 35%. Mesmo que os carros chineses tiveram aumento de chegadas por aqui, os modelos produzidos na Argentina vieram em peso, com 72,1 mil unidades importadas.
Márcia afirmou que não busca criar uma guerra com os carros importados, por isso vai avaliar o cenário com cautela e pretende analisar a venda dos veículos chineses importados por aqui. No acumulado geral de 2024, o Brasil marcou 930 mil automóveis vendidos, um aumento de 15,7% em relação ao mesmo período de 2023 e cerca de 17,1% deles eram importados, outro aumento em relação aos 15,2% do ano passado.
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