Polêmica recente

Pão de forma pode dar problema no teste do bafômetro?

Será que comer uma fatia de pão de forma pode te deixar bêbado e isso ser contestado no teste do bafômetro? Entenda a recente polêmica

Bafômetro Convencional [reprodução]
Bafômetro Convencional [reprodução]

Recentemente, viralizou nas redes sociais pessoas afirmando que o pão de forma se for consumido pouco tempo antes de ser feito o teste do bafômetro, poderia até render multa. O que acontece é que o produto alimentício possui certo nível de álcool em sua composição, dependendo da marca que o produz. E isso gerou uma polêmica que foi explicada de forma clara.

Segundo informações levantadas pelo portal CNN Brasil, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) revelou que o álcool encontrado em determinados pães de forma não compromete os valores que são mostrados no teste do bafômetro. Quem averiguou isso foi o Comando de Policiamento de Trânsito (CPTRAN) da PMDF.

A equipe refez diversos testes e apurou que logo após três minutos do consumo da comida, os voluntários já possuíam teor alcoólico zerado. O estudo pontuou que a presença do álcool etílico na receita do pão não é capaz de afetar de forma contundente os alvéolos pulmonares para que fosse constatado que o condutor estivesse de fato bêbado na hora do teste do bafômetro.

pão de forma
Pão de forma [Wickbold/ Reprodução]

Outros produtos também foram testados

A primeira rodada de teste foi feita da seguinte forma: três pessoas tiveram de comer uma fatia de uma determinada marca de pão de forma e logo fizeram o teste do bafômetro. O primeiro voluntário teve 0,15 mg/l constatado de álcool em seu corpo. O segundo teve 0,25 mg/l e a terceira voluntária marcou 0,18 mg/l. O mesmo procedimento foi realizado um minuto após a ingestão do produto.

Neste segundo caso, os valores foram de 0,03 mg/l do primeiro avaliado, 0,07 mg/l do segundo e 0,00 mg/l da terceira pessoa testada. Por fim, eles foram testados novamente dois minutos depois de terem comido a fatia do pão. Com mais tempo após a ingestão, o bafômetro não atestou álcool presente em nenhum dos candidatos.

Bafômetro Veicular [reprodução]
Bafômetro Veicular [reprodução]

O que foi comprovado pela equipe de análise é que o álcool não contamina o organismo e sim permanece na mucosa bucal dos condutores. Outros produtos como bombom com recheio de licor e até enxaguantes bucais foram testados. Os policiais então decretaram que devem questionar aos motoristas se eles consumiram em pouco tempo algum desses alimentos, que contenham álcool em sua composição.

Se a resposta for positiva, é recomendado haver um tempo de espera de três minutos para que o teste do bafômetro seja realizado. Assim, ele trará um dado mais consolidado. Vale pontuar que o Código de Trânsito Brasileiro, CTB, estabelece como zero a tolerância da presença de álcool no organismo do motorista.

carros
Carros na estrada [Divulgação]

Mesmo assim, existe uma margem de erro de 0,04 miligramas de álcool por litro acumulado no ar alveolar. Se o valor constatado no aparelho for maior que este, o agente fiscal aplicará uma multa gravíssima com o valor multiplicado por dez vezes e mais problemas serão aplicados.

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