Manutenção

Engate traseiro está longe de proteger seu carro

Equipamento pode afetar toda a estrutura do veículo em caso de colisão

Acessório
(reprodução)

Instalar engate traseiro do tipo “bola” no carro é um hábito comum entre alguns motoristas e ainda levanta polêmica até hoje. Dentre os boatos que rondam o acessório, é que o engate traseiro protege o carro contra eventuais colisões traseiras. No entanto, Emerson Feliciano, superintendente técnico do Cesvi Brasil, desmente esse boato.

A verdadeira função do engate traseiro não é proteger o carro de batidas na traseira (e nem servir como acessório estético). O componente foi desenvolvido para auxiliar no transporte de reboques, carretas, baú, trailers e até mesmo um veículo quebrado em situações de emergência.

“Muitos condutores acreditam que o engate irá ‘proteger’ o carro e evitar possíveis danos ao para-choque no caso de uma colisão traseira. Mas é um equívoco perigoso, já que a peça pode, inclusive, ser pior em uma batida.”, explica Feliciano.

De acordo com o especialista, a batida pode ser pior porque em caso de colisões na parte de trás do carro, dependendo do tipo de impacto, o equipamento poderá causar deformações pontuais na capa de para-choque e ainda atingir pontos da estrutura do veículo. Outro ponto é que o engate reduz a superfície de contato do carro e, por isso, pode anular o efeito do para-choque, ou seja, a energia do impacto da batida transferida para os ocupantes vai ser bem maior.

Caso você precise instalar o engate “bola”, a dica é procurar por equipamentos homologados, seguindo as regras do Contran (Conselho Nacional de Trânsito. É importante também que o engate não fique “tampando” a placa traseira, caso contrário, é multa na certa e cinco pontos na CNH.

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