Como toda ideia, ela pode dar certo e ser um sucesso, como ser um fracasso gigantesco e inesquecível. Assim como a primeira parte da lista que reuniu cinco carros que fracassaram tão feio no mercado que foram esquecidos, trouxemos a segunda parte de um seleto grupo que muitas montadoras não queriam fazer parte.
Renault Sandero e Logan CVT
O Brasil suplica por carros compactos automáticos desde que Chevrolet Onix e Hyundai HB20 provaram que isso era possível. Algumas marcas demoraram mais do que outras para reagir a essa demanda e uma delas foi a Renault. Somente em julho de 2019 junto da primeira reestilização da segunda geração de Sandero e Logan, a marca reagiu.
Juntou o motor 1.6 que já rodava nos compactos há tempos com o câmbio CVT que era disponível a outros carros da marca francesa. O problema é que a caixa CVT é grande e fazia com que Sandero e Logan raspassem nas lombadas. A solução foi adotar suspensão alta do Stepway e arcos de rodas pretos. Ficou feio, em especial no sedã e ninguém quis comprar e eles morreram com menos de um ano de mercado.
Hyundai Veloster
Expectativa e realidade são coisas muito diferentes. E esse foi o caso de um dos carros mais frustrantes da história da Hyundai. Tudo começou quando a CAOA, que controla a área de importados da Hyundai, anunciou que traria ao Brasil o Veloster. Ele deveria trazer motor 1.6 de 140 cv, o que fez todo mundo se animar com o visual e a performance a contento.
O problema foi que, quando ele chegou, trazia motor de HB20 bem mais fraco e duas opções emocionantes de cor: preto e prata. Um carro com pegada esportiva e visual ousado acabou se tornando um grande mico e piada, ao ser apelidado de Lentoster. A má fama veio tão forte que a Hyundai nunca mais o trouxe para o Brasil.
Volkswagen Phaeton
Muita gente não lembra, mas a Volkswagen um dia se meteu a fazer um concorrente para o Mercedes-Benz Classe S. Só que, apesar de ser dona da Audi e da Bentley, que podem fazer carros de luxo de maneira superior a ela, a fabricante do Gol decidiu que havia espaço para um sedã gigante de luxo.
Mas quem afinal pagaria o mesmo preço de um Audi, BMW ou Mercedes por um Volkswagen? Quase ninguém. E nem adiantou a marca colocar o motor W12, praticamente uma versão amansada do motor W16 do Bugatti Veyron. Mas nem mesmo o interior mais espaçoso e até mais refinado que o dos rivais adiantou. Só vendeu bem na China porque lá eles adoram sedãs grandes.
Scion
Criada em 2003 nos EUA para atrair o público jovem, a Scion se tornou uma marca de idosos ao longo do tempo. Trazendo modelos diferentes e com estilo bastante ousado, a marca controlada pela Toyota apostava em personalização e design diferente para chamar atenção dos motoristas em busca do seu primeiro carro.
Porém, ao longo do tempo ela foi ficando careta e perdeu o xB, seu maior representante. Nos últimos anos, vendia o Corolla hatch rebatizado e o Mazda 2 Sedan com frente diferente, que depois se tornou o Yaris Sedan americano. O grande problema, porém, é que a Scion se tornou a marca com a maior quantidade de donos idosos, o contrário do que a Toyota queria.
Fiat Linea
O fracasso do Fiat Liena foi estratégico. Sobretudo, porque a marca italiana tentou peitar carros maiores sem os mesmos atributos que eles. Explico: o Linea nasceu como sedã do Punto, que era um hatch compacto premium, exatamente como o Volkswagen Polo, por exemplo. Se o Linea tivesse sido colocado na mesma faixa que hoje ocupa o Virtus, estaria tudo bem. Mas não foi isso.
A Fiat insistiu em colocar o sedã compacto espichado na mesma categoria de Honda Civic, Toyota Corolla e Chevrolet Vectra. Não tinha acabamento para isso, nem porte. Adicione à conta o problemático câmbio Dualogic ao invés de um automático tradicional também foi o grande problema do modelo, que também sofreu com má fama do motor 1.9 dos primeiros anos.
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