Assolada por uma forte crise financeira, problemas de gestão e produtos aquém dos rivais, a fabricante chinesa Lifan foi oficialmente declarada morta nessa semana. A operação brasileira já estava cambaleante nos últimos dois anos, mas a derrocada da marca aconteceu na China.
Apesar de ser uma das mais antigas marcas do oriente, tendo iniciado sua trajetória com motocicletas, a Lifan não evoluiu rapidamente como concorrentes como JAC, Chery e Geely. As vendas foram baixando ano a ano, a falta de novidades pesou e a marca perdeu espaço.
Apesar de ter atuação global com operações no Brasil e em outros países emergentes, inclusive com produção no Uruguai, a Lifan não fabrica um carro sequer desde novembro. No mês anterior foram feitos apenas 145 carros somente na China, já que as outras fábricas estavam paralisadas há meses.
Estava claro que a situação da Lifan ia de mal a pior. Ela entrou com pedido de falência para o governo chinês após divulgar dívida de mais de 17,1 bilhões de yuan (R$ 13,3 bilhões), algo bem superior ao seu valor de mercado que, em setembro, era de 16,3 bilhões (R$ 12,7 bilhões).
Somente agora o pedido de falência foi aceito, contudo, apesar da proposta de reorganização e retomada, são poucas as chances de que a Lifan não seja dissolvida de vez, como indica o Finace Eastmoney. No entanto, há uma luz no fim do túnel.
Recentemente a Geely demonstrou interesse em tomar parte da Lifan afim de manter a produção de modelos elétricos. Ainda não há nada concreto além das intenções da gigante chinesa que hoje é dona da Volvo, Lynk & Co, Polestar, Lotus e Proton.
Enquanto isso aqui no Brasil, a Lifan mantém seu site ativo, concessionárias abertas, mas não importa mais carros há cerca de um ano. O site anuncia os SUVs X80 e X60, além de unidades 2018 supostamente 0 km do sedã 530. As revendas sobrevivem agora com a revenda de carros usados.
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