Sente muito cansaço quando dirige? Provavelmente seja por conta da postura ao volante, que pode estar incorreta e, consequentemente, causar dores, fadiga e incômodo. Pensando nisso, o Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo) elaborou uma lista com dicas para garantir uma direção com mais conforto.
“Para quem passa horas no trânsito, sentar de forma inadequada e com o posicionamento dos controles do veículo incorretos pode levar a dores nas costas, nos braços e pernas e, em longo prazo, pode evoluir para doenças crônicas”, alerta a fisioterapeuta Silvia Andrusaitis, encarregada da fisioterapia do Hospital das Clínicas.
Ao sentar: para se acomodar no veículo, o banco deve estar ajustado numa posição com pouca inclinação — por volta de 100º. Segundo Silvia Andrusaitis, encostos muito retos provocam desconforto após um tempo prolongado. A coluna deve estar totalmente apoiada no encosto, enquanto a altura do banco e sua distância em relação ao painel devem permitir que os pés alcancem os pedais sem esforço.
Espelhos: o melhor ajuste dos espelhos retrovisores é aquele que permite uma boa visualização sem que o motorista se incline, ou mesmo vire o tronco ou a cabeça para enxergar as laterais e traseira do carro.
Braços: devem estar levemente dobrados. Além disso, o volante não pode tocar as pernas e não pode estar muito distante, a fim de evitar que os braços fiquem muito estendidos. De acordo com a fisioterapeuta, “braços muito esticados causam dores nos ombros e pescoço”.
Pernas: o correto é dirigir com os joelhos ligeiramente dobrados. Após um tempo na direção, o exercício constante de pisar na embreagem/acelerar/frear provoca dores nas pernas e, ao longo do dia, sobrecarrega a região inferior das costas. A dica da especialista para aliviar a tensão? Apoiar os pés no chão do veículo para descansar. Aproveite para fazer isso enquanto o farol estiver vermelho.
Cabeça: muitos ignoram, mas o encosto de cabeça é importante, pois ele faz com que haja uma distribuição do peso da cabeça entre o pescoço e o encosto. Assim, é evitado uma sobrecarga da coluna cervical e ombros. “O perfeito ajuste do encosto da cabeça, além de prevenir dores musculares na região superior do tronco, ainda previne um movimento chamado ‘chicote’, onde a cabeça faz um movimento brusco para frente e para trás, caso haja uma colisão traseira do veículo”, explica. Segundo Silvia, o “chicote” é uma lesão que pode levar desde um torcicolo até luxações das vértebras cervicais.
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