A Honda finalmente terá um hatch compacto de verdade no Brasil. Ainda que o Fit cumpra esse papel, ele é visto pelos consumidores como uma minivan, sendo até um concorrente da Chevrolet Spin. Para brigar com Onix, Polo, Yaris, Argo e 208, o Honda City Hatch foi escalado.
Apresentado pela primeira vez ao mundo na Tailândia, o Honda City hatch é baseado na quarta geração do sedã compacto (que é vendida no Brasil desde a segunda). Ele é 20,8 cm mais curto que o City sedã, mas mantém o entre-eixos inalterado.
Assim, o Honda City Hatch exibe longos 4,34 m de comprimento, significativamente mais que o Fit que tem 4,09 m. Entre os hatches compactos aqui no Brasil, o campeão de vendas Chevrolet Onix é um dos maiores com 4,16 m de comprimento.
Com vantagem de 18 cm no comprimento em relação ao Onix, o City hatch tem porte intermediário entre os médios e os compactos. O Cruze Sport6, atual único hatch médio de marca generalista no mercado, tem 4,66 m de comprimento.
Turbo finalmente
Com a idade pesando sobre os motores da Honda, o City hatch será um dos responsáveis por estrear o novo motor turbo aqui no Brasil. Trata-se de um 1.0 três cilindros com injeção direta e diversos sistemas modernos.
Lá na Tailândia, onde bebe apenas gasolina, ele entrega 120 cv e 17,6 kgfm de torque. É potência na mesma faixa de Polo TSI e HB20 T-GDi, mas o torque é mais baixo. Caso receba conversão para flex no Brasil, algo que não ocorreu com o 1.5 Turbo de Civic Touring e HR-V Touring, espere por torque acima de 20 kgfm.
A transmissão é o tipo automática CVT, como manda a tradição entre os modelos da Honda. É possível que aqui no Brasil o City Hatch (e o sedã) use o motor turbo somente em uma versão topo de linha Touring com preço beliscando os R$ 100 mil. O restante deverá manter o 1.5 quatro cilindros aspirado.
Hatch de verdade
Enquanto o Fit segue por um perfil minivan com carroceria monovolume, o Honda City hatch esteticamente se assemelha a outros modelos da categoria. Os volumes são bem definidos e a traseira tem uma certa inclinação para deixar o modelo mais esportivo.
Ela é arredondada e tem lanternas com desenho bastante semelhante ao do sedã. Um aerofólio moldado diretamente ao final do teto deixa o Honda mais esportivo. Por falar nisso, ele foi apresentado na versão RS que traz grade frontal e retrovisores em preto, rodas maiores, extrator de ar traseiro e para-choque dianteiro exclusivo.
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