Em um passado não muito distante, as fabricantes chinesas tinham mania de criar submarcas ou até mesmo marcas independentes para vender modelos de nichos diferentes. A Geely fez isso antes de comprar a Volvo e até a Chery teve uma infinidade de marcas diferentes. Mas agora a Great Wall parece ter resgatado essa velha mania.
Só para contextualizar a atual situação da marca que comprou a fábrica da Mercedes-Benz no Brasil, hoje a Great Wall tem cinco marchas diferentes. Ela não vende carros com seu logotipo, salvo a picape Poer. Na linha de SUVs temos a Haval, que deu origem à marca de luxo Wey, que depois fez surgir a Tank. Para os elétricos, há a Ora.
Agora a sexta marca do grupo se junta com dois nomes diferentes: Saloon Tech ou simplesmente Z. Em chinês. 沙龙智行. A ideia é revelar modelos e toda estratégia por trás da nova montadora no Salão de Guangzhou em 19 de novembro.
O primeiro modelo será revelado por lá, junto do anúncio de Wen Fei como presidente da nova marca. O executivo antes tocava a Haval. O primeiro modelo será um SUV movido a célula de combustível. Tal qual o Toyota Mirai, ele usa hidrogênio para gerar energia elétrica que abastece as baterias do motor elétrico.
As vendas começam em 2022 e o preço esperado gira em torno de 300 mil yuan, algo próximo a R$ 262 mil. Ele será desenvolvido sobre a plataforma Great Wall DHT, a qual foi pensada para modelos híbridos plug-in e que já está em uso por modelos da Haval e da Wey. Resta saber se essa nova marca também está nos planos da marca chinesa para o Brasil.
>>Great Wall registra no Brasil o parrudo Tank 300 e o luxuoso Tank 800
>>Depois da Mercedes, Great Wall quer comprar fábrica da Nissan