Um dos maiores ícones da indústria automotiva, o Volkswagen Gol, está se despedindo junto de seu irmão Voyage. Aqui no Auto+ ainda prestaremos as devidas condolências ao modelo, mas chegou a hora de falar de seu sucessor. Anunciado há mais de um ano, o inédito Volkswagen Polo Track passa a ser o modelo mais barato da marca alemã.
Diferentemente do que o nome Track antes representava na linha Volkswagen, com aplicações em up!, Gol e Fox, o nome passa agora a designar a versão de entrada do Polo. Contudo, ao contrário do que era o Fiat Palio Fire ou o Chevrolet Joy, que eram versões antigas de modelos de grande volume, o Polo Track tem outro propósito.
A Volkswagen queria um verdadeiro sucessor para o Gol, por isso precisava dar ao Polo algumas simplificações e mudanças que atendessem aos anseios dos compradores do veterano. Ele tem visual relativamente diferente do Polo e é até feito em outra fábrica, em Taubaté, enquanto as versões mais caras nascem em São Bernardo do Campo.
Cara de Gol
O ponto mais nítido do processo de simplificação está na dianteira do Volkswagen Polo Track. Enquanto as versões mais caras trazem faróis de LED e para-choque com desenho mais elegante, o Track assumiu a cara de Gol. Os faróis são simples e com desenho muito parecido com os que surgiram pela primeira vez na Saveiro.
Há luz diurna, mas halógena, não de LED como nos demais. O para-choque ficou mais robusto, com grade tipo colmeia com aberturas bem grandes e muita área preta. O ângulo de entrada foi melhorado para que o Polo consiga encarar terrenos ruins e pouco cuidado ao volante como o Gol tem suportado há tantos anos.
A Volkswagen economizou na pintura de retrovisores, maçanetas e no bigode logo acima da grade frontal – todos tem acabamento em preto fosco. Na traseira, o para-choque ganha um detalhe em preto ligado à região da placa (também em preto) para dar uma aparência mais robusta. A peça é exclusiva do Polo Track, assim como as calotas 15” pretas.
Uma curiosidade é que o nome Polo não vem escrito na traseira, mas sim Track e em adesivo para economizar. Será que a Volkswagen está preparando o modelo para seguir carreira solo quando o Polo mudar de geração? Vale lembrar que o Chevrolet Corsa Classic perdeu o nome Corsa depois de alguns anos e se emancipou e durou mais que o Corsa original.
Entradão
Para custar os R$ 79.990, uma redução de R$ 3 mil em relação ao Polo MPI de entrada, o Track passou por algumas simplificações nítidas. Não há saída de ar par o banco traseiro, assim como os vidros atrás são operados por manivelas. O painel tem textura fosca ao invés da placa brilhante das demais versões.
Painel de instrumentos é analógico igual ao do falecido Gol, enquanto os bancos inteiriços misturam tecido preto com cinza e costuras laranjas. Volante é o antigo, mas com logotipo novo. Já o rádio é oferecido como item de série, enquanto uma central multimídia ou sensor de ré são vistos somente como acessórios de concessionária.
Itens de série
Para a versão de entrada do Polo, a Volkswagen trouxe uma lista interessante de itens de série. Além do kit dignidade com ar-condicionado, direção elétrica, vidros elétricos e travas elétricas, ele é equipado com quatro airbags, assistente de partida em rampa, controle de estabilidade (não de tração) e sistema de som com USB e Bluetooth.
Para a carroceria do Polo Track, a Volkswagen fez uma escolha extremamente sem graça de cores: Preto Ninja, Branco Cristal, Prata Sirius e Cinza Platinum. Não há sequer um tom que não faça parte do espectro de branco a preto, nem mesmo um vermelho como as demais versões do Polo possuem ou o Gol tinha.
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