É fato de que a Geely tem intenções sérias com a Mercedes-Benz. Depois de adquirir partes das ações do grupo Daimler e de comprar metade da smart (que agora tem guarda compartilhada entre a Mercedes e a dona da Volvo), a marca chinesa firmou uma nova parceria com a alemã.
Segundo a Reuters, a Geely e a Mercedes-Benz desenvolverão juntas a nova geração de motores a combustão e sistemas híbridos. É mais do que declarado que a Mercedes não terá mais carros 100% a combustão nos próximos anos, tal qual a Volvo.
Unindo o útil ao agradável, as marcas hoje rivais terão os mesmos motores debaixo do capô muito em breve. Além da Volvo, a Geely também fará proveito desses motores em outras marcas de seu grupo, como a descolada Lynk & Co e a esportiva Lotus.
A ideia é criar um motor modular, como os Ingenium da Jaguar Land Rover, capaz de receber diversos componentes e layouts diferentes. Esse motor deverá ser capaz de ter variantes diesel, gasolina, híbrida leve, híbrida comum e híbrida do tipo plug-in.
Além disso, várias faixas de potências diferentes são esperadas. Hoje a Volvo tem, basicamente, apenas um motor 2.0 turbo e um 1.5 turbo, com diversas aplicações diferentes. A grande maioria desses motores será construída na China para baixar custos, mas haverá linha de montagem na Europa.
A ideia é usar essa linha de motores para os modelos mais caros ambas as marcas. Carros como a linha A (Classe A, Classe A Sedan e GLA) e B (GLB e Classe B) da Mercedes-Benz continuarão a compartilhar motores feitos com a Renault nas versões de base.
Esse motor, vale lembrar, é usado hoje pelo GLB e pelo Classe A Sedan no Brasil. Trata-se de um moderno e econômico 1.3 turbo de 163 cv e 25,5 kgfm de torque. O propulsor será usado aqui no Brasil em breve no Renault Captur reestilizado e pode chegar ao Duster, Sandero RS e Nissan Kicks.
A princípio essa parceria Daimler e Geely será destinada somente a motores a combustão e eletrificados de maneira híbrida. Contudo, vista a forte aproximação da Geely com a Mercedes-Benz, não seria surpresa se plataformas ou motores elétricos começarem a ser compartilhados no futuro.
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