Apesar de um forte plano de eletrificação, a Ford será outra marca que voltou atrás quanto à virada totalmente elétrica. Prova disso é que um acordo feito com sindicatos nos EUA revelou boa parte dos planos da marca norte-americana até 2028. O acordo foi feito para os próximos cinco anos, mas terá influência no Brasil indiretamente.
Segundo reportagem do Ford Authority, as oito fábricas da Ford nos EUA receberão investimentos que variam entre US$ 50 milhões e US$ 2,1 bilhões, representando algo entre R$ 1,9 bilhão e R$ 10,2 bilhões. Ao todo, serão investidos US$ 6,65 bilhões (R$ 32 bilhões) ao longo de oito anos.
A fábrica de Chicago receberá aporte de US$ 400 milhões (R$ 1,97 bilhões) para manter a produção do Explorer em versão híbrida e policial. O Lincoln Aviator também seguirá em produção, mas só até o fim de seu ciclo de vida. Por lá não serão feitos novos produtos, por isso o investimento menor.
Já a fábrica de Dearborn terá a F-150 em versão híbrida sendo feita ao lado da Raptor e da elétrica Lightning. Uma nova caminhonete 100% elétrica será feita na mesma planta. É possível que seja uma F-250 Lightning ou um modelo diferente menor que a F-150, mas não uma Ranger elétrica. O investimento será de US$ 900 milhões (R$ 4,38 bilhões).
Modelos que vão e modelos que ficam
Já em Flat Rock, berço do Mustang, a Ford garante a manutenção da produção do muscle-car até 2028, mas sem versão híbrida. A fábrica tem um novo carro a ser produzido lá ainda com projeto pendente. Não há indícios de que modelo se trata, mas a maior chance é de que seja um SUV. Por aqui, o aporte é de US$ 50 milhões (R$ 243 milhões).
Na planta de Kansas City, a Ford fará investimento de US$ 1 bilhão (R$ 4,86 bilhões) também para manter a produção da F-150, mas com a adição de versão híbrida e policial. A Transit, que é produzida por ali, continuará, enquanto a versão elétrica terá sua produção encerrada ao fim do ciclo de vida do modelo.
Fim de ciclo garantido para alguns Ford
Em Kentucky, a Ford só manterá a produção de seus modelos atuais: as picapes Super Duty e os SUVs Expedition e Navigator. A novidade é só a produção de uma versão híbrida comum para os SUVs. O conjunto será o mesmo que será aplicado na F-150. Nessa planta, o montante é de US$ 750 milhões (R$ 3,65 bilhões).
A fábrica de Louisville era a que mais preocupava os trabalhadores da Ford. Hoje o Lincoln Corsair e o Ford Escape, dois modelos que não tiveram nova geração confirmada, são feitos lá. A Ford garante a sobrevida até o fim do ciclo deles. Mas a fábrica terá um novo carro 100% elétrico graças ao investimento de US$ 1,2 bilhão (R$ 5,84 bilhão).
Berço dos Raptor
De todas as fábricas, a de Michigan é a que teve mais anúncios, mas menos novidades de fato. Por isso teve investimento só de US$ 250 milhões (R$ 1,21 bilhão). Lá a Ford garante a vida de Bronco e Ranger (também nas versões Raptor) até 2028. Um terceiro turno será adicionado e a estamparia de todos os modelos da marca seguem firmes e fortes.
Por fim, Ohio será a fábrica com maior investimento, US$ 2,1 bilhões (R$ 10,2 bilhões). A planta terá uma nova van 100% elétrica, provável substituta da E-Transit. Haverá também uma nova picape de porte médio para além da Ranger e a manutenção da produção de picapes Super Duty e das vans E-Series.
Gostou dos investimentos que a Ford fará? Conte nos comentários.
>>Ford Ranger Raptor é ridícula | Impressões
>>Ranger Raptor é a caminhonete média mais rápida do Brasil
>>Mercury: a marca da Ford que morreu sem fazer sentido