Aposentado no Brasil de maneira discreta e sem alarde, o Citroën C3 já tem seu substituto à caminho. Não será o modelo europeu, que ficou sofisticado demais para o nosso país, mas sim um novo hatch compacto que segue a receita criada pelo Renault Kwid.
Um dos mais importantes projetos globais da PSA nos próximos anos é a família Smart Car. Projetado para países emergentes, esse trio de novos modelos tem como objetivo marcar a chegada da Citroën na Índia e tirar a marca da lama na América Latina. Além do novo C3, a Citroën terá um sedã compacto e um SUV abaixo do Cactus.
O primeiro deles, o sucessor do Citroën C3, finalmente foi flagrado por aqui por Geraldo Carlos Francisco e divulgado pelo perfil Gessner Motors no Instagram. As imagens mostram um modelo de porte compacto e carroceria robusta.
Como ele é destinado também ao mercado indiano, é bastante provável que seu comprimento seja limitado a 4 m a fim de receber os descontos fornecidos no país para carros desse porte. Isso explica a traseira reta com corte abrupto e o para-choque bem recuado como no Honda Fit e que pode provocar amassados na tampa do porta-malas.
Como o modelo ainda está em fase de testes, é possível que a versão brasileira receba um para-choque mais robusto, como aconteceu com o Ford EcoSport e o próprio Honda Fit, por exemplo.
A inspiração no Kwid vem do fato de que o novo Citroën C3 será um hatch compacto com pretensões de SUV. A carroceria parruda, alta, quadrada e com linhas bem marcadas dão a sensação de robustez que os utilitários esportivos passam – fórmula nitidamente usada pelo Renault que se diz o SUV dos compactos.
Atualmente a maioria dos modelos da Citroën traz algum artifício aventureiro como para-lamas alargados e parte inferior da carroceria com plásticos pretos. Esses itens estarão no novo C3, assim como os faróis divididos visualmente conectados pela grade frontal.
É esperado que o novo Citroën C3 seja feito no Brasil, em Porto Real (RJ). A plataforma será uma versão simplificada da CMF do Peugeot 208. Com isso, ele deverá usar o velho conhecido 1.6 aspirado de 118 cv e 15,5 kgfm de torque que era usado no antigo C3.
Por ser um modelo de entrada da marca francesa, ele deverá contar com câmbio manual de cinco marchas, mas a caixa automática de seis marchas será o grande foco da linha. Chances de um motor 1.2 PureTech aspirado são bem remotas, mas ele poderá ganhar motores Firefly (1.0 ou 1.3) da Fiat em um segundo momento.
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