A tecnologia das transmissões automáticas evoluiu em larga escala nos últimos anos. Rapidamente surgiram novos tipos de câmbios que dispensam o pedal da embreagem e o mercado rapidamente adotou esse conforto como padrão. De tão evoluídas, algumas caixas automáticas tradicionais ou de dupla embreagem, trocam de marcha mais rápido que um câmbio manual.
Nos primórdios das caixas automáticas, era comum que elas tivessem menos de cinco marchas (padrão dos modelos manuais), muitas vezes chegando a apenas três relações. Hoje em dia, há carros com dez marchas. Contudo, alguns carros vendidos e fabricados no Brasil não seguiram pela mesma evolução.
Hoje existem apenas quatro carros vendidos no Brasil que ainda são equipados com transmissão automática de quatro marchas. Apesar de amplamente aprimoradas e renovadas, elas têm seus projetos originários dos anos 1980 ou 1990. A lista já foi maior, mas recentemente a Renault tirou o Captur 2.0 de linha.
Atualmente o grupo de carros automáticos de quatro marchas vendidos no Brasil é formado por Toyota Etios hatch e sedã, CAOA Chery Tiggo 2, Suzuki Jimny Sierra e Renault Oroch. Curioso notar que dos modelos presentes na lista, apenas o Etios não tem algum tipo de apelo aventureiro.
Toyota Etios
Recentemente renovado na linha 2021, o Toyota Etios herdou do Toyota Corolla de duas gerações atrás sua caixa automática de quatro marchas em 2015. Ele foi um dos primeiros do segmento a trazer opção de câmbio automático, além de ser o único que tem a opção de abandonar o pedal de embreagem desde a versão de entrada com motor menor.
O Etios atualmente anda apagado no mercado brasileiro e tem boa parte de suas vendas destinadas a frotistas, taxistas ou motoristas de aplicativo. Seu irmão mais novo, o Toyota Yaris, compartilha com o Eitos a mesma plataforma e motores, mas já aposentou a caixa de quatro marchas por um câmbio CVT mais moderno.
CAOA Chery Tiggo 2
Coincidentemente, o modelo mais velho da CAOA Chery no Brasil, o Tiggo 2 é o único que ainda traz câmbio automático de quatro marchas. Seus irmãos Tiggo 5X, Tiggo 7 e Tiggo 8 já são equipados com uma transmissão de dupla embreagem, enquanto os sedãs Arrizo 5 e Arrizo 6 foram lançados somente com opção de câmbio CVT.
Lá na China, onde o Tiggo 2 recentemente mudou de visual, a Chery substituiu o antiquado câmbio de quatro marchas por uma transmissão CVT, que pode ser a mesma de nove marchas simuladas usada pelos irmãos Arrizo. Resta saber quando a novidade chega ao Brasil junto das mudanças de design.
Suzuki Jimny Sierra
De todos os modelos da lista, o Suzuki Jimny Sierra é o lançamento mais recente, o que torna o fato de ele ter um câmbio automático de apenas quatro marchas algo bastante irônico. Voltado ao uso off-road, o Jimny Sierra tem relações curtas em sua transmissão para ajudar a vencer obstáculos difíceis no fora-de-estrada.
Ao contrário de outros modelos dessa lista que tem perspectivas de mudanças em relação à sua transmissão, o Jimny Sierra deverá continuar como está por um bom tempo. Ao menos a versão de entrada do parrudo SUV subcompacto tem opção de caixa manual.
Renault Oroch
Último carro da Renault vendido no Brasil com motor 2.0 quatro cilindros aspirado e transmissão automática de quatro marchas, a Oroch resistirá por mais um tempo antes de perder essa configuração. Seus irmãos de plataforma Duster e Captur já abandonaram o motor 2.0 e a antiga transmissão.
É questão de tempo até que a Oroch não seja mais produzida nessa configuração. Hoje, além dela, somente o Sandero RS tem à disposição o motor 2.0 aspirado. A Renault planeja substituir o antigo motor originário da Scénic por um moderno 1.3 turbo combinado a uma caixa CVT, confirmados para Duster e Captur, mas que deve chegar também à Oroch.
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