Em 2020, a Fórmula 1 teve mais um ano de domínio de Mercedes, com algumas raras e deliciosas exceções. Uma delas aconteceu justamente na última etapa do campeonato, onde Max Verstappen largou na pole position e venceu a prova impondo um domínio impressionante, liderando todas as 55 voltas ao volante do carro da Red Bull.
Confira um resumo da corrida neste vídeo do canal Pr1meiro Stint
Foi apenas a segunda vez no ano em que a pole escapou da Mercedes – a outra foi no GP da Turquia, em um treino classificatório disputado sob chuva (naquele dia, o primeiro lugar ficou com Lance Stroll, da Racing Point). Largar na frente oferecia boas possibilidades a Verstappen, mas ninguém esperava que fosse um massacre.
Liberado de última hora e convalescendo do contágio por covid-19 que o afastou do GP de Sakhir, Lewis Hamilton se apresentou em más condições físicas e nunca esteve na disputa pela vitória, chegando na terceira posição. Valtteri Bottas era a principal esperança da Mercedes – e quando isso acontece geralmente não é bom.
“Realmente, o desempenho do Verstappen nos surpreendeu. A gente achou que o ritmo de corrida ia ser parecido. Posso dizer que fiz o meu máximo e não poderia tirar mais do que tirei do carro. Estou feliz, porque conseguimos completar a temporada com o título e o vice-campeonato de pilotos e também porque voltei ao pódio”, falou Bottas.
De fato, ele não chegava entre os três primeiros desde o GP da Emilia Romagna, mais de um mês antes. Já o rendimento espetacular de Verstappen só encontra paralelo no GP dos 70 Anos da Fórmula 1, em agosto, quando teve um rara oportunidade de acompanhar o ritmo de corrida da Mercedes e foi mais esperto na estratégia.
Em uma corrida sem grandes emoções, como é comum na pista de Yas Marina, as atenções se voltaram à única boa disputa ainda em aberto no campeonato: a briga pelo terceiro lugar no Mundial de Construtores, entre a McLaren e a Racing Point. A Racing Point chegou à frente na tabela, mas sofreu um golpe ao precisar trocar o motor de Sergio Pérez.
A punição imposta a Pérez pela troca o obrigou a largar em 19º e penúltimo lugar. Como desgraça pouca é bobagem, esse motor novo quebrou depois de apenas oito voltas, quando Pérez era o 14º colocado. Não custa lembrar, essa era a corrida de despedida dele pela Racing Point, equipe que ajudou a salvar da falência em 2018.
A equipe passou então a depender dos esforços de Lance Stroll, o que também é sempre má notícia. Stroll não foi além do décimo lugar, marcando um pontinho. Enquanto isso, Lando Norris chegou em quinto e Carlos Sainz Jr. em sexto com a McLaren. Foi o suficiente para passar a Racing Point na tabela e celebrar o terceiro lugar, melhor resultado da McLaren no Mundial de Construtores desde 2012, quando ainda tinha Lewis Hamilton e Jenson Button e corria com os motores Mercedes.
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