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Toyota é pega mentindo em testes de emissões, assim como a VW

Ainda com cicatrizes do escândalo do dieselgate, Volkswagen agora vê sua rival Toyota passando pelo mesmo problema

João Brigato

João Brigato

Toyota [divulgação]
Toyota [divulgação]

Em 2015, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA constatou que a Volkswagen estava mentindo nos testes de emissões de poluentes de seus carros. Foi verificado que os carros da marca poluíam menos propositalmente quando a eletrônica percebia que estavam passando por um teste. Agora foi a vez da Toyota ser pega fazendo a mesma coisa.

Mais especificamente o Hino Dutro com motor 4.0 turbo diesel. Esse pequeno caminhão pertence à marca de comerciais da Toyota, a Hino, e que tem atuação restrita a poucos países, entre eles o Japão. Justamente por lá que encontraram a pequena escorregada da fabricante do Corolla.

Segundo reportagem da Reuters, o problema é que a Toyota acreditava que as medições de poluentes eram baseadas em um teste único, não em múltiplos. Em teste único, o caminhão emitia poluentes dentro da lei determinada – contudo, ao passar por medições diversas, havia convergências e poluentes acima do máximo permitido.

Hino Dutro [divulgação]
Hino Dutro [divulgação]
“Como uma fabricante de automóveis, é absolutamente necessário que tenhamos minucioso conhecimento das regras e legislações”, afirma Satoshi Ogiso, presidente da Hino. “Eu expliquei que isso [a trapaceada no teste] foi sem querer, mas eu não tenho intenções de dizer que, como não foi intencional, que está tudo bem”.

Por conta disso, a Toyota instaurou um comitê interno para investigar os problemas enfrentados pelos modelos da Hino. “Estamos extremamente desapontados que a Hinomais uma vez traiu as expectativas e confiança dos acionistas com a revelação de uma nova rodada de delitos”, afirma Akio Toyoda, presidente da Toyota.

Hino Dutro [divulgação]
Hino Dutro [divulgação]
As declarações duras de Toyoda continuam: “tendo continuado com seus delitos na área de certificação de motores, a Hino agora está em uma situação na qual é questionada a confiança da companhia pelos acionistas. Baseado nesse reconhecimento, vamos observar se a Hino consegue renascer como uma companhia que vale a confiança de seus acionistas”

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