![Renault Mégane Scénic [Auto+ / João Brigato] Renault Mégane Scénic [Auto+ / João Brigato]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2023/05/Renault-Megane-Scenic-2-990x556.jpg)
Em abril de 1998 saia da recém inaugurada fábrica da Renault de São José dos Pinhais uma Scénic branca com para-choques pretos, calotas e motor 2.0 aspirado. Uma minivan que poderia muito bem ser descartada depois, afinal, era só um protótipo para ensinar aos trabalhadores como montá-la.
Em agosto de 1994, nascia este que vos escreve na cidade de Campinas, SP. E por que estou compartilhando essa informação? Porque a minha história e a da Renault Scénic se cruzaram lá nos anos 1990 e agora novamente em uma segunda-feira de maio de 2023, quando realizei um sonho de infância.
No alto de meus 4 para 5 anos, no temido pré-apocalíptico ano de 1999, já era um pequeno entusiasta automotivo. E uma Renault Scénic verde me despertou sentimentos nunca antes vistos. Era algo totalmente diferente nas ruas e eu ficava fascinado cada vez que a mãe de um coleguinha do pré estacionava aquela minivan francesa na porta do colégio.
Como a cara de pau herdei de família (não é dra. Marli Brigato?), criei coragem para pedir à dona da Renault Scénic que me deixasse adentrar no seu carro e explorar aquela vastidão de espaço. Bancos aveludados que corriam sobre sobre trilhos e as mesinhas do tipo avião para os passageiros traseiros despertaram um fascínio indescritível naquele mini João Brigato.
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Troca de fileiras
Exatos 24 anos depois, eu me encontro novamente com a Renault Scénic. Não a verde da minha infância, mas uma muito mais importante. O modelo número um feito no Brasil, guardado com extremo zelo e cuidado pelo time da marca francesa, em um gigante sinal de respeito e delicadeza com a história da marca. Aliás, parabéns Renault por isso.
Esse modelo em específico trazia motor 2.0 quatro cilindros aspirado de 115 cv e 17,5 kgfm de torque. Números que hoje não impressionam, especialmente porque o 1.6 aspirado que a Scénic também teve tinha 110 cv e 15,1 kgfm de torque e o 2.0 aspirado que o Sandero RS herdou estreou na minivan em 2001 com 140 cv.
Renault Kombi
A posição de dirigir, confesso, é bizarra. Alta demais, fez com que a minha linha dos olhos fique na altura do para-sol. Essa unidade não tinha ajuste de altura nos bancos (que, quando criança, chamava de “levanta astral” porque o banco praticamente te ejetava para cima).
A manopla de câmbio bizarramente grande fazia com que as trocas de marcha fossem fáceis de serem feitas. Especialmente porque a transmissão manual de cinco marchas tinha engates curtos e precisos – algo que algumas marcas não aprenderam a fazer até hoje. Esse casamento com o motor 2.0 mostrou disposição na minivan, mesmo com números baixos.
Futuro do pretérito
Só que esse encontro com a Scénic guardava uma surpresa. Para poucos que lembram, originalmente seu nome era Mégane Scénic. E agora esse nome Mégane evoluirá para um novo ser. Especificamente um SUV elétrico batizado de Mégane E-Tech. E olha como as coisas são irônicas.
Com isso, o legado construído pela primeira Mégane Scénic será renovado no segundo semestre com a chegada do Mégane E-Tech ao Brasil. Um mesmo nome, uma mesma família, a mesma vanguarda, mas duas realidades absurdamente opostas depois de 25 anos. E ah, em breve a Scénic volta, mas como o Scénic, já que também vai virar um SUV.
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