
Com desenvolvimento avançado no Brasil, a nova RAM Dakota (ou 1200 ou outro nome que venha adotar) não será tão grande quanto especulado. Como a Stellantis quer que cada marca tenha seu espaço e que os modelos se cruzem o mínimo possível, ela não será tão grande como uma Toyota Hilux para não atrapalhar a vida da Peugeot Landtrek.
Derivada da Fiat Toro, por isso usará plataforma monobloco, a RAM Dakota terá porte intermediário entre a categoria das picapes intermediárias e as médias – tal qual a Ford Maverick. A Toro tem 4,91 m de comprimento, enquanto as médias ficam acima dos 5,20 m – a Toyota Hilux, no caso, chega em 5,25 m de comprimento.
Esse espaço de 40 cm entre a Fiat Toro e as caminhonetes médias é preenchido pela Ford Maverick com seus 5,07 m. Contudo, o espaço também será ocupado pela RAM Dakota por dois motivos. A plataforma Small Wide 4×4 usada por Compass, Renegade, Commander e Toro não consegue ser esticada tanto a ponto de chegar no porte das caminhonetes médias.
RAM 1350?
Isso também abre possibilidade para que a Stellantis crie mais uma picape para a RAM. Dentro do projeto e há um certo tempo é aventada a possibilidade de uma caminhonete média de verdade com o nome RAM para ser vendida nos EUA. O projeto foi abortado por conta da Jeep Gladiator, mas pode voltar.
Coração no compasso
Outra novidade revelada com exclusividade pelo Auto+ é sobre o motor da RAM Dakota. Rumores recentes apontavam que a Stellantis ia apostar em algum dos seus blocos europeus com mais potência. O mais cotado era o 2.2 quatro cilindros turbo diesel MultiJet II usado no Jeep Grand Cherokee na Europa.
O motor de 170 cv e 38,7 kgfm de torque está presente nos Jeep Compass e Commander, além da Fiat Toro. Ele já está adaptado ao diesel nacional e recentemente recebeu tanque de Arla 32 para poluir menor o meio ambiente. Para a Dakota, o motor pode ficar no limite de potência e torque, mas como ela será pouco mais pesada que a Toro, vai lidar bem.
A única solução seria importar o 2.0 de 272 cv e 40,8 kgfm do Jeep Wrangler, que já está adaptado ao nosso combustível. Mas seria difícil ver a Stellantis se arriscando no segmento com um modelo gasolina ou flex. Afinal, ela é uma das que melhor lê o mercado brasileiro e sabe que picape no Brasil precisa ser diesel.
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