O Renault Sandero vive um momento delicado no Brasil. Com vendas em queda e futuro bastante incerto, o modelo agora vive somente de versões temáticas. Com o lançamento da série limitada S Edition, ele perdeu a variante Zen de entrada. Ou seja, se você queria um Sandero com visual normal, melhor correr para o mercado de usados.
A gama agora é composta por três variantes: S Edition de R$ 76.790, GT Line por R$ 79.690 e RS de R$ 98.790. Os dois primeiros são equipados com motor 1.0 SCe três cilindros aspirado de 82 cv e 10,7 kgfm. Já o Sandero RS usa um motor 2.0 quatro cilindros aspirado de 150 cv e 21,3 kgfm de torque.
Nos três casos, a única opção de transmissão é a manual, com cinco marchas nos modelos 1.0 e de seis marchas no esportivo (de verdade) RS. Para quem curte o visual aventureiro, a Renault ainda tem o Stepway, que é vendido como um modelo separado do Sandero, mas que na realidade é só a variante mais parrudinha dele.
O Stepway tem motor 1.6 SCe quatro cilindros aspirado de 118 cv e 16,3 kgfm de torque. A versão de entrada Zen de R$ 90.190 é manual de cinco marchas, enquanto a Iconic de R$ 102.490 traz câmbio CVT. Com isso, o Stepway Iconic faz parte do grupo de carros compactos com versões acima de R$ 100 mil.
O notável é que com a redução de variantes, a Renault acabou por economizar em alguns componentes para o Sandero. Agora todas as versões tem lanternas traseiras fumê, algo que era presente somente nos modelos especiais. Além disso, o S Edition tem para-choque e faróis que eram antes presentes apenas no RS.
Reduções do Sandero
Essa não é a primeira vez que a Renault faz cortes na gama Sandero. Quando o modelo reestilizado foi lançado, em meados de 2019, ele estreou com versões Life, Zen, Intense e RS. Havia opção 1.0 e 1.6 para as duas primeiras versões, enquanto o Zen e o Intense ainda tinham variante 1.6 CVT, sendo o mais completo vendido somente com câmbio automático.
Depois, em junho de 2020, foi lançada a versão GT Line com motor 1.0 aspirado e 1.6 CVT. Só que em apenas seis meses a Renault decidiu limar todos os Sandero CVT do mercado. E não somente isso, o motor 1.6 passou a ser exclusividade do aventureiro Stepway.
Assim, as versões Intense 1.6 CVT, Zen 1.6 CVT, Zen 1.6 e GT-Line 1.6 CVT foram cortadas da gama. A partir de janeiro de 2021, o Sandero estava nas concessionárias somente nas versões Life 1.0, Zen 1.0, GT Line 1.0 e RS 2.0. Nesse ano a versão Life se despediu sem fazer alarde e agora com a chegada do S Edition, a Zen 1.0 também morreu, mas sem fazer alarde.
Recentes rumores apontam para a aposentadoria do Sandero RS na virada do ano. O último esportivo raiz produzido no Brasil tem motor de concepção bem antiga, dos tempos da Scénic. Isso faz com que ele não seja capaz de passar nos testes de emissões do Proconve 7. Será que o Sandero sobrevive a mais baixas após a estreia do Kwid 2023?
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