Desde que a Aliança foi criada em 1999. a Aliança constituída por Renault, Nissan e suas subsidiárias traz uma batalha interna entre a japonesa e a francesa. Os ânimos esquentaram quando o brasileiro Carlos Ghons, ex-CEO das duas marcas e da Mitsubishi (depois incorporada ao grupo) foi preso e acusado de crimes dentro das montadoras.
Agora, depois de muita batalha, a Aliança chegou a um novo acordo de igualdade. A partir de agora, a Renault detém 15% de participação na Nissan, enquanto a japonesa conta com a mesma porcentagem na francesa. Antes do acordo, a Renault era dona de 43% da Nissan – algo que só foi possível porque a fabricante do Kicks quase faliu na virada do milênio.
O novo acordo prevê que a francesa venda 28,4% de suas ações a um fundo de confiança, que vai negociar essas ações futuramente. Em contrapartida, a Nissan concordou em investir 15% na Ampere, a divisão de elétricos da Renault que irá além dos carros. A empresa Qualcomm também investirá mais na Ampere.
Com o fortalecimento da Aliança, o grupo anunciou que impulsionará investimentos e cooperação entre as duas marcas na América Latina (com grande foco no Brasil), Índia e Europa. Colocando o Brasil em foco, esse novo direcionamento da Aliança finalmente permitirá que carros da Nissan e da Renault saiam da mesma fábrica.
Há um certo tempo havia rumores de que as fábricas de Resende, da Nissan, e de São José dos Pinhais, da Renault, teriam remodelação total para receber modelos das duas marcas. Uma das plantas passaria a fazer somente SUVs, todos na base CMF-B, que estreia no novo SUV da marca francesa, enquanto outra seria a responsável por sedãs e hatches.
A chamada Aliança 2.0 entrará em vigor a partir de 6 de fevereiro. Contudo, as parceiras não explicaram como a Mitsubishi ficará nesse novo acordo, mas hoje a marca do diamante tem 34% de participação da Nissan, mas nada da francesa.
>>Renault transformará mais uma minivan em SUV este ano
>>Nissan apresenta bizarro Kicks com cara de sapato
>>Nissan não está feliz com a Aliança com Renault e quer mudanças