A Renault está investindo forte no Brasil mais uma vez. No primeiro semestre deste ano, termina o ciclo de investimentos de R$ 1,1 bilhão anunciado em 2021 que contemplou os novos Captur, Kwid, Zoe, Master e o motor 1.3 turbo flex usado em Captur e Duster. Porém, novidades em motores e produtos ainda vêm por aí.
Para esse ano teremos dois lançamentos. Ainda sem ordem de revelação, a Renault prometeu que o Kwid E-Tech elétrico será lançado até dezembro junto de um inédito SUV. A aposta recai sobre o Arkana em versão híbrida ou para o elétrico Mégane E-Tech, já confirmado para o nosso país.
Novo SUV brasileiro
Talvez a maior novidade fique por conta do anúncio da produção de um SUV no Brasil com plataforma CMF-B. A base já é usada por diversos modelos do grupo Renualt-Nissan, incluindo as versões europeias de Clio, Captur, March, Sandero o Logan. Para o Brasil, nenhum desses modelos está confirmado.
“A decisão de localizar a moderna plataforma CMF-B no Brasil visa oferecer na América Latina o mesmo nível de conteúdo e qualidade que oferecemos mundialmente”, afirma José Vicente De Los Mozos, EVP Industrial Renault Group.
O que temos de certo é que a base servirá a um novo SUV para o Brasil e algumas possibilidades se abrem. Desde a última reestilização do Sandero, a marca francesa separou o aventureiro Stepway como um modelo à parte e começou a trata-lo como SUV. Recentemente o novo Stepway foi flagrado em testes no Brasil e aí pode estar a chave do mistério.
A Renault pode encerrar definitivamente a carreira de Sandero e Logan no Brasil e substituir a dupla pela nova geração do Stepway. Sem o Sandero para ser tomado como referência e sem o nome do hatch em seu documento, fica fácil para a marca francesa o chamar de SUV da mesma maneira que Fiat Pulse e Volkswagen Nivus são classificados assim.
Outra possibilidade, já que o SUV não tem data para estrear no Brasil ainda confirmada, é um modelo totalmente inédito. Ele pode ser um SUV de fato para atuar abaixo do Duster não somente no Brasil, como também na Europa, onde ele ficaria abaixo do Captur na gama Renault. A ideia seria brigar diretamente com Fiat Pulse e VW Nivus.
A última alternativa e que faz bastante sentido, é que esse SUV seja o Bigster. Ele já foi confirmado para o Brasil e será construído sobre a plataforma CMF-B, tanto na versão Renault, quanto na Dacia. O modelo será maior que o Duster e terá sete lugares para brigar diretamente com CAOA Chery Tiggo 8 e Jeep Commander.
Renault 1.0 turbo
Além do novo SUV, a Renault anunciou a produção do motor 1.0 TCe três cilindros turbo para o nossos país. Por isso a possibilidade de que esse novo modelo seja a terceira geração do Stepway ou um modelo compacto de porte inédito é maior do que a de que seja o Bigster.
“A chegada da moderna plataforma CMF-B, juntamente com um novo motor 1.0 turbo dão continuidade à nossa estratégia de reforçar nossa presença em segmentos mais altos do mercado, coerente com o plano estratégico Renaulution”, explica Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil.
Atualmente oferecido em Clio, Captur, Juke, Micra (March), Sandero, Logan, Taliant, Jogger, Triber, Almera, Magnite e até Mégane Sedan, esse motor tem duas versões diferentes. A HR10DET não tem injeção direta e entrega 100 cv e 16,3 kgfm de torque. Já o HR10DDT, que está somente em Nissan Juke e Renault Mégane Sedan, tem injeção direta.
Nesse layout, o 1.0 três cilindros turbo traz 117 cv e 20,4 kgfm de torque. Ou seja, mesmíssimo torque do 1.0 TSI da Volkswagen e do 1.0 T200 da Fiat. A potência, porém, é inferior aos dois rivais, mas que pode ganhar um incentivo extra graças ao etanol, inclusive no torque.
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