Desde 2011, a terceira luz de freio, conhecida como break-light, é obrigatória nos carros vendidos no Brasil. Quer sejam importados ou nacionais. Por isso, muita gente estranhou o fato de a Ram Rampage, um carro de projeto novo e caro, vir sem essa luz adicional. Afinal, como a Stellantis homologou um carro, em tese, fora da lei?
A questão é bem mais profunda do que parece e entra em uma brecha na lei. A mesma que permite com que as versões mais baratas da Fiat Strada e da Volkswagen Saveiro também abram mão da terceira luz de freio – um importante item de segurança ignorado pelas três marcas em favor de uma redução de custos.
Desde 2011, segundo a lei, “veículos projetados e construídos para o transporte de passageiros, que não tenham mais que oito assentos, além do assento do motorista”, são obrigados a ter a terceira luz de freio. Esse tipo de automóvel é classificado como M1. Ou seja, compreende desde hatches pequenos até SUVs gigantescos.
Já as caminhonetes, entram como categoria N1, ou seja “veículos projetados e construídos para o transporte de cargas e que contenham uma massa máxima não superior a 3,5 t”. E dentro da especificação da resolução 383/11 do CONTRAN de junho de 2011, somente veículos categoria M1 tem como obrigatoriedade a terceira luz de freio.
Dentro dos aspectos da lei, portanto, a Ram Rampage está dentro dos conformes e é legalizada. Entretanto, é uma pena que a Stellantis tenha optado por suprimir esse importante item de segurança de sua caminhonete. Especialmente quando vemos que as outras picapes da Ram e as Fiat Strada (exceto Endurance) e Toro contam com o break-light.
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