Desde que a Dacia renasceu nas mãos da Renault, a marca romena sempre focou em fazer os maiores carros dentro de seus segmentos. O Logan surgiu com porte de sedã médio, mas preço e acabamento de modelos compacto. Só que isso será levado a outro nível com a próxima geração do Duster.
Segundo informações da Carsguide, o próximo Renault Duster não está distante de ser lançado. A ideia é que o modelo mude de perspectiva novamente no mercado. Quando a primeira geração foi lançada em 2010, ele tinha apenas o Ford EcoSport para competir (e já era bem maior do que ele).
Contudo, a segunda geração apresentada em 2017 na Europa e em 2020 no Brasil apenas evoluiu em relação à primeira. A plataforma B0 foi mantida, mas com fortes evoluções e melhorias. O porte, contudo, permaneceu o mesmo. Só que os concorrentes cresceram, fazendo do Duster um modelo com tamanho padrão para o segmento de SUVs compactos.
A ideia da próxima geração é virar o jogo e colocar o Duster com tamanho de Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e Volkswagen Taos. Contudo, o preço permanecerá na faixa de Jeep Renegade, Nissan Kicks, Volkswagen T-Cross e Chevrolet Tracker – ao menos no Brasil. Será como levar um SUV médio para casa, pelo preço de um compacto.
Essa evolução tem dois fatores importantíssimos dentro da gama Renault e também Dacia. Primeiro que a Renault desenvolve um novo SUV compacto para o mercado brasileiro baseado na nova geração do Stepway. Ele terá plataforma CMF-B, a mesma da próxima geração do Duster, mas com medidas próximas às do SUV de entrada da marca hoje.
Assim, ele ocupará a faixa de preço atual do Duster, tanto na Renault quanto possivelmente na Dacia. Assim, o SUV tem espaço para crescer em porte e preço. No Brasil isso se torna ainda mais importante porque ele precisará ocupar o lugar que ficará vago com a morte do Captur. O modelo não fez sucesso e ele não se justifica em linha com um Duster mais sofisticado e maior.
E o Captur?
Então significa que a Renault e a Dacia terão somente o novo SUV compacto e o Duster? Não. A grande sacada é que o lugar do Captur na linha será ocupado também por um novo modelo, o Bigster. Só que ao invés de tentar puxar um visual europeu e mais urbano, ele seguirá a receita de sucesso do SUV da Renault, mas apostará ainda em mais espaço.
O Renault Bigster, que também será vendido como Dacia, terá sete lugares e se posicionará no segmento de SUVs médios. Será uma alternativa ao CAOA Chery Tiggo 8 e ao Jeep Commander. Porém, provavelmente, terá acabamento mais simples e preço mais baixo, o colocando na faixa de preço do Compass, mas com porte de Commander.
Mas e a Oroch?
Por fim, Glen Sealey, diretor da Renault Austrália, também deu dicas sobre o futuro da Oroch. “A Oroch é algo que nós sempre quisemos ter aqui. Mas para a Austrália, não podemos pegar qualquer produto existente, precisamos esperar por uma nova geração”. Isso coincide com as recentes especulações sobre uma geração da ex-picape do Duster.
Com a nova geração do SUV compacto em desenvolvimento, uma nova Oroch também pode estar nos planos. A Renault já oficializou que produzirá um novo utilitário na Argentina e que tem grandes chances de ser uma picape. Esse segmento está crescendo rápido e seria de grande interesse para a Renault tornar a Oroch um produto global.
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