A virada elétrica tem feito mais vítimas do que o esperado. Prova disso é que a Volkswagen já marcou a aposentadoria de Polo, T-Cross e Nivus. Os três serão substituídos de uma tacada só pelo novo hatch compacto ID.2, que ainda não tem data para ser lançado. Isso faz com que o trio dependa do Brasil para ter uma nova geração.
A Europa tem obrigado as montadoras a converter toda a sua linha de carros em elétricos. Enquanto não chega o dia de carros a combustão serem proibidos de serem vendidos por lá, regras de emissões de poluentes que entrarão em vigor nos próximos anos estrangularam os lucros das marcas.
Seria necessário um investimento insano nos motores para poluir menos, diminuindo drasticamente o lucro ou até fazendo com que o carro seja vendido com prejuízo. Para evitar isso, as marcas preferem tirar seus carros de linha e os substituir por elétricos do que seguir dando murro em ponta de faca.
Por isso, segundo o Motor.es, o Polo morre já no ano que vem, o T-Cross passa dessa para a melhor em 2025 e o Nivus (vendido na Europa como Taigo) pega a fila do INSS em 2027. O lugar do trio será ocupado pelo hatch elétrico ID.2, que pode ainda mudar de nome para ID.Polo para preservar o nome forte da montadora alemã.
Depende de nós
Mas o que o Brasil tem haver com isso? Simplesmente tudo. Ainda não estamos no momento da virada elétrica e a própria Volkswagen do Brasil já disse que por aqui a aposta é no etanol. O combustível será usado para carros a combustão padrão, para híbridos e para extrair célula de combustível para um novo tipo de híbrido.
Hoje Polo, T-Cross e Nivus (coloque Virtus nessa conta também por ser o sedã do Polo que não é vendido na Europa) são os principais produtos da Volkswagen aqui. Trocar todos eles por um elétrico está fora de cogitação. Além disso, o volume de vendas que eles produzem é o que movimenta a marca alemã.
Por isso, a próxima geração de Polo, Nivus, T-Cross e Virtus deve ser tocada pelo Brasil com participação de alguns países como China e Índia. Nosso país tem autonomia para desenvolver modelos exclusivos, como fez por décadas com o Gol, fez com o Fox e também com o próprio Nivus. Resta agora saber quando isso acontecerá.
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