Não é segredo para ninguém que a Peugeot lançará a picape média Landtrek no Brasil. Contudo, os planos para trazer a picape para cá no início do próximo ano foram postergados para que ela passe por alguns ajustes verificados pela Fiat e restante da equipe Stellantis do Brasil. Entre eles estão a troca de motor.
Hoje a Peugeot Landtrek é vendida somente com dois motores diferentes: 1.9 turbo diesel de 150 cv e 35,6 kgfm de torque ou 2.4 turbo a gasolina de 210 cv e 32,6 kgfm de torque. Para o Brasil e Argentina, é demandado que as picapes diesel tenham mais de 200 cv, no mínimo.
Prova disso é que até a Toyota Hilux ganhou incremento de cavalaria na última reestilização para atingir tal patamar de potência. O motor a gasolina atende à demanda de força exigida pelo consumidor brasileiro e argentino. Contudo, hoje somente a Chevrolet S10 possui versão flex, mostrando que a demanda por esse tipo de caminhonete é muito baixa.
Com isso, segundo o Motor1 Argentina e o Autos Segredos, a Peugeot já escalou o motor PSA DW10. Esse 2.0 turbo diesel de 181 cv e 40,8 kgfm de torque é usado por uma infinidade de modelos da PSA na Europa e até por modelos de outras marcas. Para o Brasil, no entanto, ele deve ganhar um pouco mais de potência e torque para se igualar com a categoria.
Automática é regra
Há outra questão bastante pertinente para o nosso mercado. Hoje, a Peugeot Landtrek tem somente transmissão manual de seis marchas como opção de câmbio. Quando a Volkswagen Amarok estreou, há mais de dez anos, ela tinha o mesmo problema. Isso fez com que suas vendas fosse aquém do esperado.
Por conta disso, a Peugeot vai usar a caixa Aisin de seis marchas já utilizada em outros modelos da marca e da Stellantis na Landtrek. Ele câmbio será associado à tração 4×4, como manda a regra do segmento. Haverá tração reduzida para não dever nada às rivais.
O atraso no lançamento da Landtrek no Brasil também se deve ao fato de que a picape a ser vendida aqui será fabricada no Uruguai. A planta da Nordex hoje faz os furgões Citroën Jumpy, Peugeot Expert e Ford Transit. Com a linha de montagem uruguaia, a Peugeot não pagará as altas taxas de importação que pagaria caso ela viesse da China.
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