Apresentado pela primeira vez no Brasil a um grupo de jornalistas, o Omoda 5 será o primeiro passo da Chery no nosso país sem a CAOA. O modelo foi mostrado nas versões semi-híbrida e elétrica, sendo que serão três variantes por aqui. E alguns pontos sobre ele já ficaram claros, inclusive o acabamento.
Existe uma discrepância enorme entre o interior do Omoda 5 a combustão e o modelo elétrico. No combustão, as portas têm plástico rígido, tendo como única superfície macia a faixa de couro no apoio de braço. O painel também é feito em plásticos duros, exceto a parte superior que é levemente macia, como o painel do Bronco Sport da Ford.
No modelo elétrico, a Omoda trouxe portas com muito material macio, parte superior do painel revestida em material emborrachado e largas faixas de couro ao longo de toda porção frontal do painel. É um acabamento de muito mais qualidade, se equiparando ao GWM Haval H6 e ao BYD Song Plus. Já o modelo a combustão, está no nível do Hyundai Creta.
Há também uma grande diferença quando ao layout do painel. No Omoda 5 a combustão, as telas do painel de instrumentos e da central multimídia são menores e ele conta com uma área separada para os comandos do ar-condicionado. Ele também apresenta espaço quase vertical para o carregador de celular por indução e botões no console central.
Já o Omoda 5 EV conjuga os botões do ar-condicionado na central multimídia e elimina quase todos os comandos físicos do console central. O espaço para carregar o celular fica escondido no console junto de um porta-objetos. Aliás, o material usado nesse espaço nos dois modelos é de ótima qualidade, assim como o carpete do porta-malas.
No quesito espaço interno, eles são iguais. A parte traseira recebe bem um passageiro alto. Eu, com 1,87 m de altura, não raspo a cabeça no teto e fico com espaço justo para as pernas. O piso é um tanto quanto alto por conta das baterias, mesmo no modelo a combustão. O acabamento, como esperado, é bom no Omoda 5 EV e apenas ok no modelo a combustão.
Três versões
A Omoda já adiantou que o 5 será vendido no Brasil em três versões. Com motor a combustão serão duas variantes de acabamento, enquanto o elétrico será o topo de linha em configuração única. Elementos podem mudar para o Brasil e, a depender do posicionamento do modelo, o interior precisa mudar.
Caso o Omoda 5 a combustão tenha preço abaixo de R$ 200 mil, usar o acabamento atual o coloca dentro da faixa de mercado dos SUVs compactos e o torna justo. Contudo, se ele quer mirar brigar com GWM Haval H6 e BYD Song Plus, precisa que todas as versões compartilhem o interior com o modelo elétrico, bem mais refinado.
Qual seu palpite para os preços do Omoda 5 no Brasil? Conte nos comentários.
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