E lá se vão quatro anos sem o Salão do Automóvel de São Paulo. A estiagem que parecia que teria fim em 2022, ficou para o ano que vem. O São Paulo Motor Experience, novo nome do Salão, foi adiado para o ano que vem. A culpa é da crise dos semicondutores que tem feito as montadoras pararem a produção de carros no Brasil.
O evento era para ter inicio em agosto, com vendas dos ingressos agora em abril. Contudo, a crise dos semicondutores fez com que a RX (antiga Reed Exhibitions) e a Anfavea (Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores) recuassem dos planos, deixando o novo Salão para 2023.
Segundo Márcio de Lima Leite, novo presidente da Anfavea, “o crescimento é praticamente inexistente de produção e que o desafio se põe para o 2º semestre. E isso tem demandado muito o foco das nossas associadas no sentido de manter a cadeia de produção, fornecedores e atendimento dos pedidos”.
Por isso, as marcas preferem tirar o pé do evento enquanto as vendas não melhoram e a produção não é regularizada por conta da crise. Isso explica o fato de que apenas BMW, Mini e BYD eram as únicas marcas confirmadas no evento. Por outro lado, Chevrolet, JAC, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Toyota e Suzuki já haviam cancelado a participação. Demais marcas eram dúvida.
Com isso, o novo Salão do Automóvel foi adiado para 2023. Leite explicou que agosto é um mês com menos chance de chuvas, o que viabiliza o evento que aconteceria em Interlagos. Por isso, a decisão foi de mudar o ano do evento ao invés de esticar alguns meses à frente. “Achamos por bem as montadoras terem um foco na produção,” completa o executivo.
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