Nas últimas semanas, a volta do carro popular voltou a ser discutida, já que poderia ser uma solução para aumentar as vendas no mercado brasileiro. A volta desses modelos mais baratos poderia colocar cerca de 300 mil unidades novas no mercado, de acordo com a Anfavea. No entanto, a instituição não parece muito interessada nesses novos modelos.
Embora tenha mostrado esse balanço positivo, a entidade disse que cabe às montadoras abraçarem ou não o projeto, já que não interfere nas pretensões individuais de cada marca. E, nesse sentido, algumas fabricantes já estão divergindo sobre o assunto.
Segundo o site Automotive Business, a Volkswagen não estaria muito disposta a ter modelos mais acessíveis. CEO da montadora, Ciro Possobom disse que acredita que o melhor caminho seria o governo facilitar o acesso ao crédito. Em sua opinião, oferecer carros baratos não resolveria o problema do setor.
Por outro lado, a Stellantis se posicionou a favor do carro popular. CEO do grupo, Antonio Filosa defendeu a iniciativa e ganhou também o apoio da Fenabrave, que é a federação das concessionárias.
O impasse também pode ser causado pelo portfólio de cada marca, já que as empresas que podem se adequar a oferecer modelos mais baratos, podem se adequar mais facilmente ao projeto, podendo aproveitar mais rapidamente dos benefícios fiscais.
Enquanto esses imbróglios não são resolvidos, a volta do carro popular segue apenas em planos abstratos. Além de se tornarem mais acessíveis, ter automóveis mais baratos ajuda até mesmo na questão ambiental, já que é possível trocar modelos mais antigos, e como motores mais poluentes, por veículos mais novos e mais ecológicos. Resta aguardar as cenas dos próximos capítulos para ver qual será a decisão final sobre o assunto.
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