Desde que a Renault lançou a segunda geração do Duster globalmente, rumores apontavam para que a Oroch seguisse pelo mesmo caminho. Mas isso não aconteceu, tanto que ela foi reestilizada e manteve a base no modelo antigo. Só que a Dacia na Europa resolveu essa questão literalmente cortando um Duster ao meio.
Feito pela preparadora Borel, mas vendida pela própria Dacia, essa quase-Oroch mostra como poderia ser uma versão cabine simples da picape se fosse baseada no atual Duster. Mas, ao contrário da Oroch que tem painéis de carroceria exclusivos e foi uma execução bem feita em design, a picape europeia é pura gambiarra.
Não houve aumento de entre-eixos ou balanço traseiro, é simplesmente um Duster cortado. Tanto que o recorte da porta traseira e a maçaneta são tampados por um elemento plástico que tenta se fazer como elemento de design ao ficar visualmente integrado ao plástico da parte inferior da carroceria e ao santantônio.
Dobradiças expostas no para-choque mostram como a Borel transformou a tampa traseira do Duster com abertura para cima em uma tampa comum de caçamba. Por falar na área de carga, diferentemente de todas as caminhonetes que trazem a área em metal na cor da carroceria ou proteção plástica, a Oroch gringa tem chapas de aço estilo chão de busão.
Oroch diesel
Mas existem duas vantagens entre a picape Dacia Duster gringa em relação à Renault Oroch brasileira. A picape estilo gambiarra tem tração nas quatro rodas e opção de motor diesel. Especificamente um 1.5 quatro cilindros turbo diesel que usa Arla tal qual alguns modelos diesel brasileiros.
A Oroch brasileira, por outro lado, é produzida por aqui com tração 4×4, mas somente para exportação. No nosso país existem somente opções de motor 1.6 quatro cilindros aspirado associado a um câmbio manual de seis marchas ou o 1.3 TCe quatro cilindros turbo de 185 cv pareado unicamente ao câmbio CVT.
>>Renault e dona da Volvo fecham parceria para criar motores
>>Twingo de primeira geração vai ganhar motor elétrico
>>Oroch turbo 2023 é uma sopa de Renault contra Strada e Toro | Avaliação