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Mitsubishi terá novo hatch compacto, mas que não é o que parece

Retorno do cultuado nome Mitsubishi Colt esconde a realidade por trás do aniversário de 60 anos do compacto nipônico

João Brigato

João Brigato

Teaser Mitsubishi Colt [divulgação]
Teaser Mitsubishi Colt [divulgação]

Quer a notícia boa ou a ruim primeiro? A boa é que a Mitsubishi finalmente voltará a ter um hatch compacto de peso no mercado e com visual ousado. A ruim é que ele não passa de um Renault Clio com algumas mudanças visuais para ser chamado de Mitsubishi. Mas isso tiraria as chances de ele ser vendido no Brasil?

A sinergia entre Renault e Nissan no Brasil já não é tão forte quanto lá fora, mas aos poucos as marcas estão se juntando. A operação da Mitsubishi, porém, é controlada pelo grupo HPE por aqui e não pela matriz. Isso faz com que qualquer projeto vindo da Aliança possa ser barrado pela Renault ou pela Nissan, em especial no caso do novo Colt.

Pelo teaser, pouco pode ser visto, mas fica nítido que o novo modelo terá a mesma carroceria do Clio e apenas alguns detalhes diferentes. O capô é o mesmo, salvo a ausência do recorte para o logo da marca francesa. Até mesmo a grade frontal tem formato de Renault e o para-choque pode ser o mesmo que será usado pela futura reestilização do Clio.

Renault Clio E-Tech [divulgação]
Renault Clio E-Tech [divulgação]
Pelo que o teaser dá a entender, o novo Mitsubishi Colt terá apenas faróis e grade frontal diferente do modelo da Renault. A grade adota elementos cromados que se ligam visualmente aos faróis, mas que fogem da atual identidade visual da marca. Porém, são elementos que já foram vistos no teaser da nova geração do ASX / Eclipse Cross.

Clio híbrido da Mitsubishi

Pelo teaser, o Mitsubishi Colt 2023 será vendido com motorização híbrida na Europa. Trata-se do conjunto E-Tech do Clio e do Nissan Juke Hybrid os quais combinam motor 1.6 aspirado de 94 cv com um elétrico de 49 cv.

Renault Clio E-Tech [divulgação]
Renault Clio E-Tech [divulgação]
É possível que o modelo da marca do diamante seja vendido somente com motor híbrido para não atrapalhar o Clio e diminuir a média de emissão e consumo da Mitsubishi na Europa. É a mesma estratégia que a Suzuki faz ao oferecer carros híbridos da Toyota rebatizados e com frente levemente diferente.

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