![Mazda Miata de primeira geração [divulgação] Mazda Miata de primeira geração [divulgação]](https://uploads.automaistv.com.br/2024/02/mazda_miata_24.jpeg)
Em fevereiro de 1989, o Mazda Miata era apresentado ao mundo para se tornar um carro lendário. Sorridente, com faróis escamoteáveis e uma dinâmica acertada, ele nunca tentou ser o que não é. Potência nunca foi seu forte, mas o conversível compensa isso enfiando um sorriso no rosto de todo mundo que anda nele.
Curiosamente, a inspiração para o projeto surgiu longe do Japão. O Miata repete uma receita que era comum nos carros ingleses dos anos 1960, de ser um carro leve, conversível e acessível, como acontecia com o Lotus Elan. A ideia de fazer o Miata surgiu do jornalista americano Bob Hall, que passou a ser funcionário da Mazda nos anos 1980.
Bob tinha sugerido para a empresa criar um esportivo barato antes mesmo de ser funcionário da marca, quando ainda era jornalista. A Mazda deu de ombros, mas resolveu acatar a sugestão depois, quando Bob passou a cuidar dos projetos futuros da montadora.
![Mazda Miata de primeira geração [divulgação]](https://uploads.automaistv.com.br/2024/02/mazda_miata_4-750x450.jpg)
Carro certo na empresa certa
Embora a Mazda não seja tão famosa no Brasil, já que operou por aqui por poucos anos, ela é uma das marcas mais inovativas do Japão. Afinal, por anos seus esportivos tiveram motores rotativos, inclusive o protótipo que venceu as 24h de Le Mans de 1991. Por isso, era natural que uma empresa com essa filosofia fizesse um esportivo como o Miata.
A receita do carro é simples: motor de quatro cilindros na dianteira e tração traseira. Distribuição de peso quase perfeita, com traseira e frente tendo o mais próximo possível da relação de 50/50. Suspensão independente nas quatro rodas, e espaço bom para os dois ocupantes.
Evoluções do Miata
Talvez a maior característica do Miata foi ter conservado sua essência ao longo dos anos. Pegue um Porsche 911 original e compare com um atual: não há nada em comum, apenas o nome e a posição do motor. Um 911 moderno é grande e extremamente luxuoso. Já o Miata não cresceu absurdamente, mesmo estando em sua quarta geração.
Quando estreou, o Miata (ou MX-5, dependendo do mercado) usava um motor 1.6 16v feito somente para ele. Mesmo parecendo um motor comum, ele tinha duplo comando no cabeçote e virabrequim e volante do motor aliviados. Com isso, eram extraídos 116 cv e 13,8 kgfm de torque, com câmbio manual de cinco marchas.
Atualmente, o Miata utiliza um motor 2.0 de 184 cv e 20,9 kgfm de torque. A transmissão segue sendo manual, mas tem seis marchas, embora haja uma opção de câmbio automático, mas ninguém vai querer isso. A suspensão segue independente nas quatro rodas, mas a traseira utiliza sistema multilink desde a terceira geração, enquanto a dianteira sempre manteve o sistema de duplo A.
É verdade que o Miata é maior e mais pesado hoje, mas não muito. A Mazda soube evoluir seu carro sem perder as características originais. E assim, aos 35 anos, sendo que o atual já tem nove anos, o esportivo sorridente segue fazendo a alegria de quem pode comprar um esportivo barato.
Infelizmente, aos brasileiros, resta apenas admirar o legado desse carro, ou então pagar uma fortuna para ter acesso ao modelo via importação independente.
Gosta do Mazda Miata? Queria que o esportivo voltasse a ser vendido de maneira oficial no Brasil? Deixe nos comentários a sua opinião.
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