A virada elétrica está acontecendo e é inevitável, atingindo até mesmo fabricantes de esportivos e de alto luxo que sempre apostaram na combustão. Mas, para a Lamborghini esse não é o momento certo de eletrificar seus esportivos. A marca italiana terá sim um elétrico, mas não para o lugar de Huracán e Aventador.
Em entrevista ao Motor1, Rouven Mohr, chefe técnico da Lamborghini, adiantou que “no mundo dos carros esportivos, eu acredito que não é a hora certa [de ter um modelo elétrico] e provavelmente não será nos próximos cinco, seis anos. Não é a hora certa porque em um esportivo porque queremos evitar esse peso adicional”.
O executivo ainda completa dizendo que “queremos evitar essa dependência forte sobre o tipo de carregamento da bateria e da temperatura”. Lembrando que as baterias dos carros elétricos sofrem muito com o sobreaquecimento ao serem usados ao extremo em altas velocidades ou em sucessivas arrancadas.
Por isso, a ideia de um Huracán elétrico ou um Aventador movido a baterias, ao menos nesse momento, está descartada. A marca, contudo, trabalha em versões híbridas de seus sucessores: “ainda acreditamos que, no segmento de esportivos, a combustão e a hibridização são as melhores escolhas”.
Contudo, isso não significa que não teremos um Lamborghini elétrico. A marca italiana sinalizou que pretende sim entrar nesse segmento, mas evitando os esportivos. Para isso, teria um SUV elétrico ou até ressuscitar a ideia de um sedã, que foi descartado há anos com motor a combustão.
“Acho que o mercado está pronto para a nossa interpretação de um carro elétrico. Mas precisa ter o nosso efeito, porque os consumidores de um Lamborghini esperam por algo fora do normal e não algo que podem achar em outra marca”, finaliza Rouven Mohr.
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