Um dos nomes mais importantes da Jeep nos deixou este ano por conta do fechamento da fábrica de Belvidere, no estado de Illinois, nos EUA. Depois de cinco gerações e 49 anos de produção ininterrupta, o Jeep Cherokee morreu sem que uma nova geração fosse anunciada ou mostrada. Mas isso vai mudar.

Em entrevista à Motor Trend, Carlos Tavares, CEO da Stellantis, afirmou que estão encontrando soluções para a substituição do Cherokee. “Faremos um anúncio de que a nova geração do Jeep Cherokee está em desenvolvimento. E todos os carros da Jeep terão uma versão eletrificada a partir de 2025, incluindo quatro carros totalmente elétricos”.

Ou seja, o novo Jeep Cherokee, ao contrário do modelo atual, será eletrificado de alguma maneira. Vale lembrar que em junho do ano passado, Jim Morrison, chefão da Jeep norte-americana, havia revelado que o novo SUV seria “maior e melhor do que nunca”. Com isso, fica claro que a morte do Jeep agora será apenas um hiato curto.

Base modular das vans

Por conta do porte e posicionamento de mercado, a próxima geração do Jeep Cherokee deve ser feito com a plataforma EMP2 / STLA Medium. A base é a mesma do Peugeot 308 e do 3008 e até das vans Fiat Scudo, Peugeot Expert e Citroën Jumpy.

Essa plataforma permite versões gasolina, diesel, flex, híbrida e elétrica. Além disso, existem algumas variações de tração 4×4. O lado PSA do grupo já oferece modelos com tração nas quatro rodas providas pela combinação de motor a combustão na dianteira e elétrico na traseira (igual ao 4xe da Jeep) ou 4×4 por sistemas mecânicos (presente na van Opel Vivaro).

Com isso, se torna mais do que certo que o SUV de porte médio-grande terá versões a gasolina e pelo menos híbrida. Um Cherokee totalmente elétrico também é uma possibilidade. Mas, a Jeep trabalha em um modelo de porte semelhante e já nascido desde o princípio para ser elétrico, o Recoon.

Acima do Commander

Com a mudança de geração e eletrificação, existe uma grande chance de que o Jeep Cherokee volte a ser vendido no Brasil. Até porque, hoje a Jeep tem um buraco enorme entre os R$ 338.400 do Commander Overland diesel e os R$ 480.039 do Grand Cherokee (que está prestes a mudar de geração e ficar ainda mais caro).

Vale lembrar que nos EUA a Jeep não vende o Commander. Ou seja, precisa preencher um espaço ainda maior entre Compass e Cherokee. Lá, vale lembrar, o Compass que começa em US$ 29.995 e vai até US$ 34.490, enquanto o Grand Cherokee tem preços entre US$ 41.530 e US$ 48.350.

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