Um dos motores mais antigos ainda em produção no Brasil, o 1.4 Fire da Fiat sobreviverá por mais alguns anos em nosso país. Durante o lançamento da nova Strada 2024, a marca trocou o propulsor que já esteve na versão Endurance pelo 1.3 Firefly que está nas demais variantes da caminhonete. Seria o fim do antigo Fire? Não exatamente.
Segundo a Stellantis, esse motor segue firme e forte no catálogo para atender a outros modelos do grupo. Especificamente estamos falando da Fiat Fiorino e suas irmãs praticamente gêmeas Peugeot Partner Rapid e Ram ProMaster Rapid. Esse trio de vans compactas é o que manterá o motor Fire vivo até o limite, mas com prazo de validade.
A partir de 2025, entra o Proconve L8, que exigirá média de emissões de poluentes muito mais baixa que a atual. Com isso, motores antigos como os Fire 1.0 e 1.4 da Fiat e o 1.8 da Chevrolet Spin devem ser descontinuados. A remoção do 1.4 da Strada Endurance em substituição pelo 1.3 Firefly já indica justamente esse movimento.
Média de emissões
Tendo a caminhonete compacta como seu carro mais vendido no Brasil (e também líder de mercado), a Fiat precisa que todas as versões atendam à média de emissões. A partir de 2025, a média de emissões de poluentes dos comerciais leves não pode passar de 140 mh/kg.
Ou seja, a marca pode ter modelos mais poluentes e mais poluentes do que isso para poder compensar na média. Ter um motor bem mais poluidor atrapalha nesse quesito. E, como a Fiat já tem todo o sistema pronto para que a versão Endurance receba o motor Firefly, assim foi feito.
É questão de tempo até que a Fiorino e suas primas Partner Rapid e ProMaster Rapid também troquem o motor Fire pelo Firefly dado o mesmo motivo. Além disso, a produção de um motor específico para essas vans, sendo que a base já aceita o propulsor mais moderno, não é justificável.
No caso do Mobi, o único carro da Fiat no mundo que ainda usa o Fire 1.0 quatro cilindros, também é questão de tempo até que ele volte a ser impulsionado pelo Firefly três cilindros. Vale lembrar que o subcompacto já contou com esse motor na versão Drive, descontinuada há alguns anos. Enquanto isso, Argo, Cronos, C3 e 208 usam o motor mais moderno.
Motor Fire vai fazer falta? Ou já era hora de ter dado adeus? Conte nos comentários.
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