A virada da eletrificação para algumas marcas do grupo Stellantis acontecerá em etapas. A Fiat é uma das mais engajadas em mudar seu portfólio de modelos para a eletrificação total ou ao menos parcial. Prova disso é que a Fiat anunciou que em 2023 no Reino Unido estará proibida a venda de modelos da marca que não sejam eletrificados. Outros países seguirão a nova lei.
Hoje no Reino Unido a Fiat vende somente Tipo Hatch, Tipo Cross, Tipo SW e o SUV compacto 500X sem versões eletrificadas. Ambos contam com motor do Pulse, o 1.0 três cilindros turbo, mas que por lá tem somente 100 cv contra 130 cv do SUV compacto brasileiro. Contudo, eles receberão o sistema híbrido-leve 1.5 quatro cilindros aspirado de 48V.
Esse motor apareceu no ano passado em ambos os modelos e combina um 1.5 da família Firefly nunca usado no Brasil de 130 cv e 24,5 kgfm de torque – um rendimento parecido com o 1.4 TSI da Volkswagen, mas o motor da Fiat é aspirado. O motor elétrico que substitui o alternador auxilia o 1.5 com 20 cv e 5,6 kgfm de torque extras.
Tudo é gerenciado por uma transmissão automatizada de dupla embreagem com sete marchas. A Fiat ainda tem o Firefly 1.0 três cilindros aspirado de 70 cv e 9,4 kgfm de torque usado por Panda e pelo 500 antigo.
Com alternativas verdadeiramente eletrificadas, a dupla de compactos 500 e Panda será mantida no Reino Unido em 2023, enquanto os médios Tipo e 500X podem receber o motor 1.5 e o 1.0, ambos com sistemas micro-híbridos para se manter em linha. O Fiat 500e, como já é 1005 elétrico também segue em vida.
Futuro elétrico
Vale lembrar também que a Fiat já tem em desenvolvimento o retorno do Punto. O modelo será baseado no Peugeot 208 e no Opel Corsa, por isso contará com versão 100% elétrica. Haverá ainda um SUV compacto derivado do Opel Mokka e que pode resgatar o nome Uno.
Só que, com essa nova lei eletrificada, hoje nenhum carro vendido pela Fiat no Brasil poderia ser vendido no Reino Unido. Contudo, a exceção do elétrico 500 e da van Ducato, nenhum dos nossos modelos é oferecido na Europa e vice-versa. Nem mesmo o aclamado Pulse, que poderia funcionar como modelo de entrada por lá, é oferecido do outro lado do oceano.
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