Para aqueles que apostaram em uma virada completa para os carros elétricos, é melhor tirar suas fichas do jogo. Várias marcas estão arregando da transição elétrica total, mas agora a Fiat surpreendeu quanto a uma decisão envolvendo o charmoso 500. A nova geração do Fiat 500, que nasceu para ser elétrica, receberá motor de Argo, 208 e C3 em breve.
Segundo reportagem do Automotive News, a Fiat já está trabalhando no processo de retrofit do 500e para se tornar um modelo a combustão. Esse movimento se fez necessário por dois motivos. O primeiro é que o 500e vende bem menos que o esperado pela marca, sendo massacrado pelo velho 500.
No ano passado, foram vendidos cerca de 104 mil Fiat 500 velhos com motor a combustão. Já o novo totalmente elétrico teve 62 mil emplacamentos. Diferentemente do Brasil, onde a Fiat é líder, na Europa ela depende muito do volume de vendas do 500 e não pode abrir mão de mais de 100 mil carros vendidos por ano.
E por que não manter as coisas como estão? É aí que está o segundo problema. O velho Fiat 500 precisará sair de linha em julho em alguns países da Europa por conta das novas leis de emissões e de segurança. Como ele é um projeto de 2007, muitas alterações teriam de ser feitas. E isso custaria muito caro
A Stellantis fez as contas e viu que seria mais barato mudar a estrutura do 500e para receber motor a combustão do que trabalhar sobre um carro de 2007 para deixá-lo atualizado quanto aos novos protocolos europeus. E isso, no final das contas, é uma boa notícia, visto a evolução do novo Fiat 500. O modelo antigo seguirá sendo feito, mas agora na Argélia.
Coração de Argo
Segundo a reportagem, o Fiat 500 (até então elétrico) receberá o mesmo motor 1.0 Firefly três cilindros usado no Brasil nos Fiat Argo, Cronos e futuramente no Mobi, além de Citroën C3 e Peugeot 208. A diferença, contudo, é que ele contará com sistema semi-híbrido e renderá apenas 70 cv, contra 75 cv da versão brasileira não eletrificada.
Ainda não se sabe se esse novo Fiat 500 a combustão terá versões turbo ou qual transmissão será utilizada. Caso ele venha com câmbio automático tradicional ou CVT, a Stellantis não precisará alterar o console central. Mas, como europeus amam câmbio manual, ele deve receber mudanças internas por conta da transmissão e pedal de embreagem.
Para o Brasil, isso abre caminho para que o Fiat 500 seja importado para o país em versões a combustão bem mais baratas que o elétrico. Hoje ele é oferecido por R$ 214.990. Por conta da proposta, seria interessante que ele tivesse motor 1.0 turbo com câmbio CVT, mas isso dependerá da Europa aplicar o conjunto ou não.
Acha que o Fiat 500 venderá mais com essa mudança de motorização? Conte nos comentários.
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