O CEO da Ferrari, Benedetto Vigna, não se importa com a tecnologia para veículos autônomos, reforçando a intenção da empresa de nunca construir carros que consigam dirigir sozinhos por aí.
Durante um evento realizado pelo Financial Times, Vigna foi perguntado se o empurrão da companhia para fazer carros elétricos de luxo exigiria que ela procurasse por softwares além de suas fronteiras.
Há quatro tipos de software em um carro, disse Vigna. Há software de performance, software de conforto, software de entretenimento, e há o software autônomo. Para o último, não nos preocupamos.
Uma das maiores fabricantes de carros de luxo do mundo, a Ferrari produz, historicamente, a maior parte de seus produtos internamente. Ele sugeriu que a rejeição da empresa dos softwares autônomos ajudou a manter essa tradição.
O CEO disse que a companhia tinha a inteligência necessária no software para criar seus veículos elétricos e acrescentou que o grupo também fez as parcerias necessárias com desenvolvedores de baterias para produzir um veículo elétrico até 2025.
Vigna, que tornou-se o líder da Ferrari em setembro de 2021, disse aos repórteres no ano passado que a companhia nunca construiria um veículo autônomo depois de lançar sua estratégia para veículos elétricos.
“Os caras da Inteligência Artificial tiveram uma corrida com nosso piloto de testes”, disse Vigna em junho de 2021, de acordo com a Bloomberg. Quando saíram de um Ferrari, me disseram: “Ok, Benedetto, nossa apresentação é inútil”.
A posição da Ferrari em relação aos veículos elétricos contrasta com outras empresas que constroem carros autônomos, como a Ford e a Tesla.
Vigna, que na cúpula também falou sobre a alma do carro, reforçou ainda o foco da Ferrari na exclusividade, mesmo com os planos de eletrificação da montadora. A companhia geralmente fabrica muito menos carros do que a demanda pede, justamente para manter a exclusividade de seus veículos.
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