O lançamento da RAM 1500 no Brasil e o aumento do número de concessionárias da marca de picapes é apenas a ponta do iceberg dos planos da Stellantis para a RAM no Brasil. Depois de transformar a Jeep de importadora em fabricante e agora desenvolvedora de carros brasileiros, o grupo liderado por Fiat e Peugeot quer fazer o mesmo com a RAM.
Hoje a marca norte-americana sobrevive com a importação das gigantescas 1500 e 2500. Elas tiveram crescimento expressivo no último ano, especialmente com a abertura de novas revendas e a possibilidade de dividir o showroom com Renegade, Compass e Commander. Entretanto, uma picape menor vem aí e toda desenvolvida no Brasil.
Fontes ligadas à marca relatam que o projeto vem todo sendo tocado pela engenharia e time de design da Stellantis no Brasil. Em especial com equipe Fiat e Jeep. A ideia é que a nova picape seja produzida em Pernambuco, junto de Toro, Commander, Compass e Renegade. Para isso, a fábrica deve passar por um processo de expansão.
Contudo, a crise dos semicondutores tem deixado fábricas desabastecidas e até afetou o desenvolvimento de novos carros. As fontes revelam que o projeto, que ainda está bem no início, foi postergado por conta da falta de materiais. A crise afetou tanto a Stellantis que há risco de a fábrica de Goiana, PE, parar até o final do ano.
Picape urbana
A ideia por trás dessa nova RAM é oferecer uma proposta urbana tal qual a Fiat Toro. Tanto que ela não será chassi sob cabine como vinha se especulando para uma nova Dakota. A picape terá porte médio, como Chevrolet S10, Ford Ranger e Volkswagen Amarok. Contudo, será construída sobre um monobloco, como faz a Honda Ridgeline.
Por baixo da casca, ela terá a mesma plataforma Small Wide que é empregada em Toro, Compass, Renegade, Commander, 500X, 500L e Tipo. A picape RAM será o maior modelo de todos com essa aplicação – título atualmente pertencente à Toro com seus 4,91 m de comprimento, 1,84 m de largura e 1,74 m de altura.
É provável que ela seja esticada para além dos 5 m de comprimento para tentar atingir o patamar das picapes médias de fato – que ficam na zona dos 5,30 m. A Stellantis quer fazer uma escada com a nova picape: a base fica com a Strada, o meio do caminho com Toro e nova RAM, seguida pela provável Dakota, para aí chegar nas grandalhonas 1500, 2500 e 3500.
Motorização deverá ser compartilhada com a Fiat Toro. Assim, o tão cotado projeto de motor 2.0 turbo diesel com 200 cv deverá surgir somente nessa nova picape. É possível que o motor 1.3 GSE Turbo de 185 cv também seja usado, mas ele pode ficar fraco para uma caminhonete maior que a Toro e que concorrerá com modelos flex que ficam acima de 200 cv.
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