![JAC E-JS1 [Auto+ / João Brigato] JAC E-JS1 [Auto+ / João Brigato]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2021/08/JAC-E-JS1-4_edited-990x556.jpg)
Existe a Chery antes e depois da CAOA e agora vai existir a JAC antes e depois da Volkswagen. Se aos primeiros olhares a compra de 51% da marca chinesa por parte da alemã não parecia ter resultado em nada, o pequenino elétrico JAC E-JS1 provou justamente o contrário. E detalhe: ele é o carro elétrico mais barato do Brasil.
Por R$ 149.900, o JAC E-JS1 prova que nem sempre custar pouco quer dizer ter que se contentar com pouco (Hyundai HB20 Sense está aí para provar isso). Ele custa menos que o iEV20 e consegue parecer anos luz à frente do seu irmão que tenta se passar por um SUV. A JAC ainda não fala em expectativa de vendas para o modelo.
J2 evoluído
Para começar a entender o que é o E-JS1 é preciso buscar suas origens. Ele nasceu como JAC J2, recebeu motorização elétrica, depois ganhou visual aventureiro (e virou o iEV20) para só agora, com a mão da Volkswagen, se transformar nesse simpático hatch elétrico. Na China, ele nem é vendido como JAC.
O resultado é o E-JS1. Antes de pilotar o simpático elétrico, dei uma volta rápida no antecessor iEV20, que segue em linha. E, caramba, que evolução! A base é a mesma, o motor elétrico e as baterias praticamente iguais, mas a condução é completamente diferente e o salto em qualidade construtiva da cabine é alarmante.
Ele traz painel de instrumentos digital bem pequeno, mas com informações necessárias. A tela tem definição apenas ok, o que contrasta com a central multimídia herdada do T60 / E-JS4. Aqui no Brasil ela terá integração com Android Auto e Apple CarPlay, o que será bem-vindo, visto a qualidade do sistema (mas que ainda é um tanto lento).
Ele traz os comandos do ar-condicionado conjugados à tela, mas são de acesso um tanto quanto complicado. Em especial na unidade avaliada que ainda trazia os comandos em chinês. Há ainda console central bastante alto e envolvente, que da certo refinamento para a cabine. De brinde, carregador de celular por indução.
Há, no entanto, algumas heranças do J2 no elétrico mais barato do Brasil. O volante não regula em profundidade, o que atrapalha na ergonomia. O banco não ajusta em altura e não há porta-luvas com tampa. Além disso, o porta-malas de 121 litros só é maior do que o de um Fiat Mobi.
Tempero alemão
Na hora de dirigir, outra grande diferença. O iEV20 é molenga, com direção leve demais e um tanto quanto ruidoso. Já o JAC E-JS1 não. Ele tem suspensão mais firminha, típica Volkswagen. Ela copia bem o que se passa no asfalto e traz uma estabilidade interessante ao modelo de dimensões compactas.
A direção continua leve, na mesma pegada do Volkswagen Taos. Ela é rápida, transmite algumas sensações do asfalto, mas é um tanto quanto anestesiada. Já a performance, não vai ser a que muita gente se acostumou com um carro elétrico. O JAC E-JS1 não é rápido, apenas suficiente.
Segundo a JAC, são 300 km de autonomia – algo mais do que suficiente para trajetos citadinos durante toda uma semana.
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Veredicto
O carro elétrico mais barato do Brasil também é bastante divertido. O JAC E-JS1 trouxe de volta o temperinho esportivo que o J2 tinha no passado, mas com uma dose a mais de cuidado e refinamento mecânico herdado da Volkswagen. É um produto nitidamente anos luz à frente de outros modelos da marca chinesa hoje presentes no nosso país.
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