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Quais as diferenças entre o Citroën C3 brasileiro e o europeu?

Enquanto o nosso Citroën C3 é de baixo custo e movido a combustão, o deles é mais refinado, elétrico e tem painel digital maior

Citroën C3 brasileiro vs europeu [divulgação]
Citroën C3 brasileiro vs europeu [divulgação]

A exceção da primeira geração, o Citroën C3 brasileiro sempre foi uma versão de baixo custo do modelo europeu. Só que essa discrepância cresceu demais na quarta geração (terceira para os brasileiros). Ainda que o nosso C3 tenha saído primeiro, o ditado “quem ri por último, ri melhor”, faz todo sentido aqui.

Começando pela parte estrutural. O Citroën C3 europeu tem mais reforços que o nosso, sendo mais seguro e rígido. Além disso, a suspensão conta com batente duplo para permitir rodagem mais confortável, algo que o modelo daqui nem sonha. A base é a mesma, mas a Citroën chama de Smart Car ao invés de CMP como a daqui.

Motorização

A maior diferença entre os C3, no entanto, está debaixo do capô. O modelo europeu será vendido inicialmente só em versão elétrica com 113 cv, menos que os 156 cv usados pelo primo Peugeot e-208. Na Índia, o C3 elétrico tem visual igual ao nosso, mas só 57 cv e não passa de 107 km/h.

Novo Citroën ë-C3 [divulgação]

Em um segundo momento, a marca oferecerá o motor 1.2 PureTech três cilindros, não ainda especificado se turbo ou aspirado. No Brasil, o modelo é produzido com esse motor, mas só para exportação em versão aspirada. Nosso país tem à disposição o 1.0 FireFly três cilindros aspirado de 75 cv ou 1.6 quatro cilindros aspirado de 120 cv.

Visual

Enquanto o Citroën C3 brasileiro estreou com a última fase da antiga linguagem visual da marca francesa, ele não se beneficiou da linguagem que estreia no modelo europeu. Aqui temos faróis divididos formando um X com a grade frontal do duplo Chevron. Lá, os faróis tem formato de U deitado e são ligados por uma barra preta, com logo da Citroën oval.

Citroën C3 [divulgação]
Citroën C3 [divulgação]

O para-choque do modelo europeu tem vincos mais fortes e retos. Já na lateral, o gringo tem maçanetas tipo alça, rodas maiores e o aplique plástico na coluna C é diferente, trazendo elementos 3D e um friso laranja. Além disso, não há o vinco da parte inferior da porta, onde ficaria o airbumb do Citroën C3 brasileiro.

Na traseira, o para-choque também tem estilo mais robusto e parrudo, enquanto o aerofólio no teto é bem maior e acompanha uma nova divisão de pintura do teto. Há ainda detalhes cinza no para-choque diferentes do modelo nacional. Lanternas em LED com desenho em U  e um friso as conectando, como no C3 Aircross, marcam as diferenças.

Citroën C3 [divulgação]
Citroën C3 [divulgação]

É muito provável que boa parte do visual apresentado no modelo europeu seja aplicado no Brasil quando a primeira reestilização do Citroën C3 ocorrer. Contudo, essas mudanças só devem ocorrer em 2025 ou 2026.

Interior

O ponto mais delicado que marca a discrepância entre o C3 brasileiro e o europeu é o interior. O nosso é nitidamente um caro de baixíssimo custo, com acabamento rústico, peças plásticas grandes e um painel de instrumentos que beira o ridículo. Já o modelo europeu abusa de linhas horizontais, mas é mais refinado – ainda que simples.

Citroën C3 [divulgação]
Citroën C3 [divulgação]

Volante achatado lembra os modelos da Peugeot, especialmente porque o painel de instrumentos minúsculo é visto por cima dele. A central multimídia flutuante é idêntica à brasileira, enquanto as saídas de ar laterais são parecidas, mas com visual levemente diferenciado.

Há uma faixa de tecido no painel que o nosso C3 nem sonha em ter. Além disso, as portas contam com forração em couro e comandos para todos os vidros – ao contrário do brasileiro que só tem plástico nessa região e deixou os botões dos vidros traseiros no console central. Há ainda ar-condicionado digital e bancos com espuma dupla mais confortável.

Você acha que o Citroën C3 brasileiro deveria se inspirar no europeu para a primeira reestilização ou ficará caro demais se receber essas mudanças? Conte nos comentários.

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