Com o lançamento do Citroën C3 Aircross no Brasil, a Stellantis está demonstrando o real potencial da plataforma CMP para a construção de SUVs. Hoje, o portfólio da marca conta com Peugeot 2008, Citroën C3 Aircross brasileiro, DS 3 Crossback e Opel Mokka com essa base. Mas, em breve, terá a companhia de um modelo da Alfa Romeo e um da Fiat.
Segundo informações do Motor.es, o novo SUV compacto da Alfa Romeo será lançado em 2024 e poderá voltar com o nome MiTo. O batismo foi usado de 2008 a 2018 para um hatch compacto de duas portas derivado do Punto. Agora, pode parar no SUV compacto que dividirá plataforma também com o ressuscitado Punto.
Há chance também de o modelo adotar o nome Brennero, como vinha sendo especulado até então. Ele será a porta de entrada da Alfa Romeo em todos os sentidos: tanto entre os SUVs, quanto considerando todos os seus modelos. Sendo assim, cumprirá a mesma função que o MiTo tinha quando existia: ser o carro mais barato da marca de luxo italiana.
Hoje, esse papel é cumprido pelo SUV Tonale, o qual concorre com Audi Q3, Mercedes-Benz GLA, Volvo XC40, BMW X1 e Lexus UX. O Brennero / MiTo ficará abaixo, rivalizando diretamente com Audi Q2, o futuro Volvo EX30 e seu primo DS 3 Crossback. Para isso, contará com versão totalmente elétrica, além de opções a combustão.
Coração Peugeot
Todo conjunto mecânico será compartilhado com modelos da Peugeot, Citroën e Opel. Ou seja, terá o mesmo motor elétrico do Peugeot e-208 e do e-2008 com 156 cv e 26,5 kgfm de torque. Há chance de que o conjunto elétrico do SUV da Alfa Romeo seja mais forte por conta do posicionamento premium do modelo.
As versões a combustão deverão usar o motor 1.2 PureTech três cilindros turbo da Peugeot e da Citroën. Esse motor, vale lembrar, é usado pelo Citroën C3 e pelo C3 Aircross produzidos no Brasil, mas somente para exportação. Por aqui, a dupla conta com motorização de origem Fiat, que não será usada no SUV da Alfa Romeo.
Com um modelo de entrada competitivo e mais barato, será que a Alfa Romeo finalmente retornará ao Brasil? Vale lembrar que a marca tem dez anos para voltar a lucrar ou será descontinuada pela Stellantis sem dó nem piedade. Voltar a atuar em mercados fortes como o Brasil pode ser uma alternativa para a marca ganhar terreno e gerar dinheiro.
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